A importância da musicoterapia na paralisia cerebral

A importância da musicoterapia na paralisia cerebral: percepção da equipe multiprofissional 

Esta dissertação foca quais os benefícios que uma criança com Paralisia Cerebral pode alcançar ao frequentar a Musicoterapia. 

Neste sentido, a temática-alvo em análise é a paralisia cerebral, debruçando-se no contributo da área da Música no desenvolvimento cognitivo de uma criança com Paralisia Cerebral segundo vários autores e segundo uma equipa multiprofissional. 

O indivíduo com paralisia cerebral pode ter os seus movimentos afetados bem como a postura que pode ser causada por uma lesão fixa não progressiva que ocorre antes, durante ou depois do nascimento. 

O dano cerebral numa paralisia não é reversível, produzindo incapacidade física para o resto da vida. 

A classificação clínica refere a existência de vários tipos de Paralisia Cerebral, tais como: espástica onde o movimento é difícil, atetósica em que o movimento é descontrolado e involuntário e atáxica onde o equilíbrio e a sensibilidade profunda são anormais.

Os sintomas variam consoante a área de extensão da lesão, podendo incluir: tiques; perturbação da marcha; espasmos; convulsões e fraco tónus muscular. 

Para além da motricidade, a Paralisia Cerebral também pode afetar a visão, a audição, a inteligência e a fala. A necessidade de um diagnóstico precoce presenteia-se com o fato de dar início à terapia o mais cedo possível. 

Em caso de suspeita, deve-se consultar um neurologista pediátrico a fim de determinar a extensão e localização da lesão cerebral, de forma a colocar de parte outras doenças. 

O tratamento deve circundar uma equipa de profissionais ao nível da saúde: Fisioterapeutas, Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Neurologistas, entre outros. 

A Paralisia Cerebral não tem cura e o objetivo do tratamento médico é ajudar a criança a conseguir uma maior independência possível. Para além disso, este trabalho refere que através da Musicoterapia o indivíduo com paralisia cerebral pode obter uma melhor qualidade de vida. 

A musicoterapia é uma ciência paramédica que usa a música e todos os seus elementos constituintes com objetivos terapêuticos. O seu objetivo é possibilitar aos pacientes a abertura de canais de comunicação e/ou reabilitação de necessidades emocionais, mentais, sociais, físicas e cognitivas. 

A musicoterapia trabalha o conjunto de sons de forma a produzir efeitos biológicos e eliminar patologias ou dificuldades. O uso da música e dos seus elementos (melodia, som, ritmo e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, consegue promover mudanças positivas físicas, mentais, sociais e cognitivas numa pessoa, ou num grupo de pessoas, com problemas de saúde ou de comportamento. 

O musicoterapeuta avalia o estado cognitivo, emocional, físico, comportamental, comunicativo através de respostas dadas pela música. As sessões individuais/grupo, dependem das necessidades de cada indivíduo, abarcando a improvisação musical, a criatividade, a audição, a composição, a discussão, a imaginação e o desempenho através da música. 

O indivíduo não precisa ter nenhuma habilidade musical para que o seu tratamento seja beneficiado, uma vez que não existe um estilo particular de música que é mais ou menos eficaz que outro. Trata-se da relação e combinação duma terapia (musicoterapia) com a paralisia cerebral com o intuito de melhorar a qualidade de vida destes indivíduos. 


Fonte: http://comum.rcaap.pt/handle/123456789/4014

Autoria: Emanuela Aurora Nunes Ribeiro (Março 2013)

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