"Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá" (JO 14,27). Jesus nos deixou a sua paz para promovermos um mundo de paz, de alegria, de amizade e de amor.
Porém, nós seres humanos não estamos amando nossos semelhantes. Nós não estamos praticando a paz deixada pelo nosso Deus. Pelo contrário, estamos todos os dias provocando discórdias, guerras, injustiças, invejas, fome e mortes. E isso ocorre tanto na vida em sociedade, quanto na vida em família. Por desrespeito às opiniões alheias, nós nos posicionamos em guerra acreditando apenas em nossas verdades e não ouvimos o que a outra pessoa tem para nos dizer.
Muitas vezes o poder econômico gera mais guerras do que a paz. As desigualdades e os conflitos estão cada vez maiores. No trânsito vemos motoristas imprudentes dirigindo em alta velocidade e muitas vezes bêbados. Assim, muitos acidentes de trânsito ocorrem em nossas rodovias causando mortes e violência. Os grandes congestionamentos geram estresse e qualquer imprudência de outro motorista é motivo para fazermos gestos obscenos, xingamentos, humilhações e muitas vezes partir para a agressão física.
O preconceito também é outra forma de violência. Preconceito contra os negros, os indígenas, os muçulmanos, os judeus, etc., estão ecoando cada vez mais forte no mundo inteiro. Ainda existem no mundo grupos neo-nazistas que pregam a supremacia de uma determinada raça sobre a outra.
As religiões que não se entendem e não se respeitam. Acreditam apenas em suas verdades e atacam os demais credos religiosos que não pensam de acordo com os seus dogmas. Isso sem falar dos ataques que sofrem as religiões afro-descendentes. Isso gera mais intolerância e a divisão da sociedade. Principalmente, dentro do cristianismo temos muitas igrejas que não se respeitam. Guerras entre católicos e protestantes, e a disputa televisiva entre igrejas protestantes faz com que as pessoas deixem de ser instrumentos de paz para serem objetos de morte e de guerras.
Agora, não é só fora de nossas casas que ocorrem práticas de violência. Dentro de nossas famílias essas práticas também ocorrem com frequência. É o marido que trai a esposa ou a esposa que trai o marido. É a falta de diálogo entre pais e filhos. É o desrespeito entre os familiares, seja por agressões verbais, seja por violência física, onde muitas mulheres acabam sendo vítimas de agressões de seus esposos.
Este artigo não tem a pretensão de relacionar todas as formas de violência que existem no mundo. Mas, tem a missão de questionar sobre as nossas ações. Será que eu estou sendo instrumento de paz no mundo? No meu trabalho? Na vida em sociedade? Na minha família? Sou uma pessoa que busca o diálogo? Sou uma pessoa que procura transmitir amor, felicidade e alegria para as pessoas?
Será que não estamos pensando apenas em nossas vidas e o resto que se dane? Será que não queremos apenas acumular riquezas, enquanto o nosso semelhante passa por situações de miséria? O que fazemos para mudar o mundo? Será que um mundo de paz é possível? Será que é possível acabar com a injustiça social? Será que podemos cuidas do o nosso meio ambiente?
A Campanha da Fraternidade traz à tona o debate sobre a segurança pública e a violência crescente no mundo todo. Mas será que não temos um pouco de culpa pelo mundo estar desta forma? Qual será a nossa parcela de responsabilidade.
A paz é fruto da justiça e precisamos acreditar que podemos colher esse bom que gera felicidade e confiança no ser humano. Precisamos exercer uma postura positiva neste sentido, que nos leve até o amor ao próximo e a prática da não-violência pregada por Jesus Cristo, Gandhi, Martin Luther King, e tantos seres iluminados que passaram pela Terra.
A mudança começa em nós mesmos e somos responsáveis pela vida deste mundo. E esta sustentabilidade se dá através da pratica da paz, do perdão, do respeito e do amor.
Autor: Marcelo Castilho
Fonte:http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-pratica-da-paz/14523/
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