Chaves Libertadoras (André Luiz)

Desgosto!
Qualquer contratempo aborrece.
No entanto, sem desgosto, a conquista de experiência é impraticável. 

Obstáculo!
Todo empeço atrapalha.
Sem obstáculo, porém, nenhum de nós consegue efetuar a superação das próprias deficiências. 

Decepção!
Qualquer desilusão incomoda.
Todavia, sem decepção, não chegaremos a discernir o certo do errado. 

Enfermidade!
Toda doença embaraça.
Sem enfermidade, entretanto, é muito difícil consolidar a preservação consciente da própria saúde. 

Tentação!
Qualquer desafio conturba.
Mas, sem tentação, nunca se mede a própria resistência. 

Prejuízo!
Todo golpe fere.
Sem prejuízo, porém, é quase impossível construir segurança nas relações uns com os outros. 

Ingratidão!
Qualquer insulto à confiança estraga a vida espiritual.
No entanto, sem o concurso da ingratidão que nos visite, não saberemos formular equações verdadeiras nas contas de nosso tesouro afetivo. 

Desencarnação!
Toda morte traz dor.
Sem a desencarnação, porém não atingiríamos a renovação precisa, largando processos menos felizes de vivência ou livrando-nos da caducidade no terreno das formas. 

Compreendemos, à face disso, que não podemos louvar as dificuldades que nos rodeiam, mas é imperioso reconhecer que, sem elas, eternizaríamos paixões, enganos, desequilíbrios e desacertos, motivo pelo qual será justo interpreta-las por chaves libertadoras, que funcionam em nosso espírito, mudando em si e fora de si tudo aquilo que compete mudar. 

André Luiz;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos a sua participação!