Estudo sintetizado sobre o conteúdo do livro “Homem Integral” de Joanna de Ângelis, na psicografia de Divaldo Pereira Franco:
Conquistas éticas – morais desenvolvem-se, no decorrer dos milênios quando o homem – Ser Pensante, Princípio Inteligente, toma consciência de sua essência espiritual.
Quando se processa o “despertamento” para a sua realidade espiritual o Ser Espírito sente que é importante para a sua felicidade, para a conquista dessa felicidade, analisar, refletir, observar o seu “eu interior” e obter, pouco a pouco, pelas etapas evolutivas vivenciadas, pelos processos de aprendizagem a visão integral do conjunto: mente – perispírito – corpo físico quando estamos encarnados. Com esta visão contínua vamos conseguindo o nosso objetivo de aprendizagem.
Sem esta visão que se processa pelo autoconhecimento – questão 919 do Livro dos Espíritos, a nossa visão, do conjunto integral do Espírito é fragmentária e deformada pelos conflitos emocionais – racionais decorrentes do campo do nosso inconsciente. Isto é natural e decorrente do processo evolutivo de aprendizagem que sempre decorre do esforço e vontade individual de cada um.
O despertamento gradual, lento, individual se processa pelas variadas vivências reencarnatórias e a partir do impulso do sofrimento, bem analisado, observado sem revolta, autojustificativa, auto-pena que é chamado de “vitimismo” por Joanna de Ângelis em seus livros.
O egoísmo, o medo são sentimentos atávicos, nos diz ela, herdado de épocas primitivas quando o Ser Espírito-homem necessitava lutar pela sobrevivência no sentido de preservar a prole, buscar alimento, defender-se das intempéries , etc.
O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo 11 – subtítulo “Lei do Amor”, nos fala que o homem – Ser pensante – princípio inteligente foi desenvolvendo sua inteligência paulatinamente: instinto, sensações, sentimentos que foram se apresentando, como até hoje, dependendo do grau evolutivo de cada um, ainda embrutecido.
Observamos isto a partir de um estudo e prática do autoconhecimento pelo qual observamos primeiro a nós antes de observarmos o nosso próximo em suas reações.
Com o despertamento gradual, lento pelo autoconhecimento, já vamos conseguindo observar o outro com o discernimento, boa vontade, respeito, interesse ensinado por Jesus em seu capítulo máximo “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Vamos, a partir da visão do “homem integral” compreendendo o outro, porque começamos a aprender, a compreender a nós em nossos erros e desacertos, gradualmente, lentamente.
No caso das depressões, distúrbios mentais de variadas etiologias com repercussão no corpo físico homem integral, podemos observar que são resultantes da insatisfação, revolta interior de não aceitarmos os problemas, imprevistos, obstáculos que são necessários em nossas vidas (nas várias etapas reencarnatórias) e que constituem obstáculos para o nosso bem geral se não os aceitarmos e compreendermos com a visão do homem integral, que nos mostra que são imprescindíveis para nossa aprendizagem de Ser Integral.
Não sabemos ainda administrar a nossa existência, porque a observamos de forma fragmentária, sob ótica deformada decorrente dos conflitos que armazenamos em nosso inconsciente. “Daí ser imprescindível o trabalho do autoconhecimento”.
É imprescindível orar “plugar” digamos assim (contato vibratório com a Espiritualidade Superior) é importante observar com a mente alerta vigilante em processo dinâmico, refletir, meditar para compreender o processo do viver com os olhos do Ser Integral que somos.
Estados mentais conflitantes são decorrentes da não aceitação pelo Ser Integral do que ocorre com o Ser. Gerados pela não aceitação causam revolta, insatisfação, negação do auto-amor que não é embasado só no egoísmo mas também na incapacidade do ser integral de pelo esforço e vontade se auto-observar em seus conflitos. Medos, fobias, sociais ou de outras etiologias, solidão, ansiedade, ódios são todos sentimentos decorrentes do fato de não nos compreendermos como Ser Integral que somos.
É importante o “vigiai” (autoconhecimento) e o “orai” ensinado por Jesus e que pela humildade nos proporciona, em sintonia sempre com a espiritualidade superior o trabalho do autoconhecimento.
Todos os nossos conflitos são decorrentes, “ainda”, da nossa incapacidade de sentirmos a nossa essência espiritual em plenitude, face a nossa visão ainda deformada, fragmentada, voltada para o material, para as sensações de nossa constituição animal.
São todos sentimentos atávicos (herança mental de muitas encarnações) que se alojaram em nosso inconsciente e que necessitam de serem trabalhados no consciente.
Os valores sociais - éticos encontram-se em transformação porque o processo do viver é dinâmico, não é estático. A transformação em todos os campos, é impulsionada pela lei do progresso irreversível como lei divina e o homem Ser milenar é impulsionado por essa lei para um dia alcançar a felicidade que tanto almeja.
Há um trajeto interior de autoconhecimento, autoconscientização que diferencia em graus evolutivos os homens e que decorre, digamos assim da nossa capacidade, pelo “despertamento” de nos auto-analisarmos, sempre decorrente da visão do Ser integral que somos.
O impulso psíquico que nos facilita a aprendizagem é o sofrimento que nos auxilia no processo. O sofrimento é resultante de um dinamismo energético vibratório, do nosso psiquismo que, auxiliado pelo princípio inteligente, nos impulsiona a conhecer mais pelo estudo, a interiorizar o estudo pelo autoconhecimento. O conhecimento intelectual sofre a influência do Ser moralizado em todos os seus campos de atuação.
O sentimento de felicidade, a alegria de viver que vem de dentro de nós, pelo autoconhecimento nos possibilita uma visão mais ampla, mais abrangente, que nos torna capaz de adquirir uma sensibilidade perceptiva por tudo que nos rodeia de bom, de belo, incluindo a caridade pelo próximo em sentimento de completa auto-doação.
Os sentimentos do egoísmo, do medo nos aprisionam mentalmente gerando preconceitos, segregação de todos os tipos em variados campos: desamor, desavenças que são decorrentes de nossa ótica deformada que não nos possibilita a visão do “todo” oriunda do Ser integral que somos.
Os liames que nos aprisionam mentalmente, com o “Despertamento” e “Autoconhecimento” vão se afrouxando primeiro em suas camadas psíquicas exteriores e depois com o impulso energético da mente ativa, vigilante vão se afrouxando cada vez mais até uma visão que nos possibilita alegria e felicidade em todos os sentidos nos oferecendo oportunidades variadas de aprendizagem, sempre contínua, desde que estejamos atentos e vigilantes para esta aprendizagem.
Erros e recaídas são inevitáveis, fazem parte da caminhada evolutiva e da nossa atenção, vigilância, sintonizados sempre com a espiritualidade superior, nos auxiliando sempre. Orar, meditar, refletir.
Jesus, nosso mestre nos ensina o roteiro, depende de cada um de nós o trabalho individual de segui-lo.
Que Jesus nos abençoe em nossos bons propósitos e em nossa caminhada evolutiva.
Autoria: Therezinha Jordão
Fonte:http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/2920723:BlogPost:1182357
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