Rivalidades no Movimento Espírita

"Os Discípulos de Jesus"

Meus filhos, que o Senhor nos abençoe.

O mesmo olhar melancólico com que contemplamos as lamentáveis rivalidades que grassam no movimento espírita, foram percebidas pelos divinos e meigos olhos do Cristo.

As páginas do Evangelho estão repletas de circunstâncias, onde Nosso Senhor Jesus era chamado a intervir nos ânimos acirrados, muitas vezes a serviço do personalismo deprimente, dos ciúmes condenáveis, ou das disputas inoportunas, tão próximas hoje da nossa realidade na condição de membros da família espírita, que a serviço do amor que propõe semear, tantas vezes não se despem dos sentimentos rasteiros que ainda nos caracterizam, apesar de nossas aspirações na busca de alçar voos, culminando não só com o conhecimento de nós mesmos, como também com a primordial função de alto conter-nos.

Duas personalidades, pilastras da Boa Nova, Jesus e João Batista, nos dão lições inesquecíveis quanto ao devido comportamento a adotar , quando por opção, ou seduzidos por vontades alheias, viermos a fomentar a repulsa íntima e consequentes cisões.

João Batista , quando comparado ao Messias, ou notificado a respeito de seus feitos por parte de seus seguidores, movidos por dissimuladas intenções, onde sobressaia a maledicência, se pronuncia com extrema maturidade espiritual: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30).

E do outro lado, os discípulos de Jesus, quando pretendem colocá-LO em semelhante circunstância, estabelecendo a atitude dos que tem gosto por comparar a estatura espiritual dos outros, com denotada meiguice assim enfatiza: “Dos nascidos de mulher, João Batista é o maior dentre eles” (Mateus 11:11).

Vemos filhos meus, duas almas valorosas se respeitando, reconhecendo os adjetivos uma da outra, e ao mesmo tempo oferecendo material de reflexões para os erros que estavam cometendo.

De nossa parte, que possamos facilitar o retorno de Nosso Senhor Jesus na intimidade de nossos corações, todas as vezes que nossas atitudes não se revelarem condizentes com os princípios que esposamos.

Que nossos corações se enterneçam perante os irmãos que muitas vezes, usam da Doutrina Espírita para se promoverem, evidenciando o orgulho, a vaidade ou o personalismo.

Tenhamos compaixão dos que na seara espírita, muitas vezes trajam vestes de Pilatos, indiferentes e ociosos, privando de sequer colaborar com a propagação da verdade, no sentido de anular a safra do joio, na tentativa de coibir a prosperarão e vingo do trigo que sacie a alma ignorante.

Que desperte em nós o sentimento de piedade, a postura de espíritas a serviço das sombras que disseminam a discórdia no meio a que estão inseridos, seja usando mal a caneta que empunham na elaboração de artigos que vaticinem a desunião, ou usando o verbo como instrumento que fira.

Que possamos nos recordar meus filhos, que Jesus asseverou que seus discípulos seriam reconhecidos por muito se amarem. E neste sentido, a par das condutas que distanciam seus trabalhadores, que nos recordemos da postura dos médiuns, que presentemente hoje se rivalizam e estabelecem lamentáveis competições, e poucos dispostos se revelem a somar experiências e trocarem ideias no sentido de aquisição mútua de aprendizados.

Este encontro meus filhos, que possa se repetir aproximando a família espírita, patrocinando abençoadas tertúlias espirituais.

Que nos lembremos dos ensinamentos do Espírito de Verdade: “Amai-vos e instrui-vos”.

Que nos instruamos reciprocamente sem os vestígios do orgulho que nos distancia e nos coloca em pedestais frágeis e sem base.

Que Jesus, Nosso Senhor, nos ilumine, hoje quanto sempre.

Bezerra 

(Página psicografada pelo médium Alaor Borges Jr., no III FÓRUM DA MEDIUNIDADE, na tarde do dia 15/11/2013, no Centro Espírita Uberabense, na cidade de Uberaba-MG) 

Fonte:http://www.jornalespiritadeuberaba.com.br/edicoes/87.pdf



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