Biografia: Anna Prado (1883 – 1923)

Anna Rebello Prado

A Grande médium de efeito físicos, Ana Prado desencarnou em 24 de abril de 1923 na cidade de Belém no estado do Pará.

A médium Ana Prado foi casada com Eurípedes Prado, um guarda-livros da firma Albuquerque & Cia., de Belém do Pará.

A senhora Ana Prado foi uma extraordinária médium que possibilitou a realização de não menos extraordinários fenômenos de materialização em Belém do Pará. As sessões aconteciam na residência da família, sendo a filha do casal, Antonina Prado, médium psicografa.

Pioneira da prática de efeitos físicos no país, Ana Prado foi uma das maiores colaboradoras do escritor espírita Raymundo Nogueira de Faria, para a preparação de sua obra "O Trabalho dos Mortos", publicada em 1921. A obra detalha os fenômenos de efeitos físicos de materialização dos espíritos nos quais Ana Prado era o agente mediúnico, sendo ilustrada por fotografias de autoria do maestro Ettore Bosio.

Durante os anos de 1918 e 1921, uma gama de surpreendentes fenômenos sacudiram o Brasil, e, especialmente, a cidade de Belém do Pará.

As primeiras manifestações tiveram lugar em 12 de junho de 1918. Num fenômeno de transporte, os Espíritos fizeram aparecer, sob pequena mesa situada na sala devidamente fechada, uma bela flor, que, de forma poética, simbolizava a avalanche de prodigiosas comprovações da imortalidade da alma que aquele pequeno grupo assistiria ao longo de três anos.

Muitas vezes, os Espíritos repetiram o transporte, de flores, que chegaram ao número de vinte numa só sessão. Porém, também as moldagens em parafina ali aconteceram, quando, em dada ocasião, um molde perfeito de mão humana com dedos curvados fora produzido, ostentando, ainda, um lido ramalhete de rosas.

Um dos feitos mediúnicos mais expressivos de Ana registrou-se em 28 de abril de 1921, quando o espírito de Rachel Figner se materializou na presença de seu pai, Frederico Figner, diretor da conceituada Casa Edison, no Rio de Janeiro. Além das fotografias das materializações, foram produzidas moldes em parafina de flores, mãos e pés materializados. O fenômeno teve ampla cobertura da imprensa regional à época, muito contribuindo para a divulgação do Espiritismo.

Ela apareceu, por primeira vez, no dia 2 de maio de 1921. Acompanhemos o registro do meu conterrâneo Carlos Bernardo Loureiro de tão importante episódio:

“... Surgiu, junto à cortina, uma jovem, com todas as aparências e gestos de Raquel a tal ponto que D. Ester, sua mãe, exclamou: ‘É Raquel!’. Os gestos eram absolutamente os da filha dos Figner, e mesmo o corpo, a forma “o vestidinho acima do tornozelo, de mangas curtas e um pouco decotado”. Apresentou-se, assim, diante dos assistentes na reunião de Ana Prado, e, muito especialmente, face a face com os seus pais.”

Foram, aqueles, momentos de grande contentamento para pai e mãe, e para esta em especial. Em uma das manifestações, Raquel pede à mãe que deixe de usar o luto, pois, como ela afirmara, era “muito feliz” em sua nova condição.

“Os fenômenos que ocorreram em Belém, Pará, através da fantástica faculdade mediúnica de Ana Prado, ombreiam-se aos mais notáveis já obtidos em várias partes do mundo. Ana Prado, sem nenhum favor, integra a galeria dos grandes médiuns que contribuíram, com sofrimento e profundos desgostos, para o engrandecimento e consolidação da causa do Espírito, Senhor do Tempo e dos Elos Perdidos...” 

Fonte: autoresespiritasclassicos.com