No capítulo da violência entre pais e
filhos, deparamo-nos com adversários que reencarnam-se no mesmo conjunto
doméstico, para atenderem ao serviço da recuperação de si mesmos,
desfazendo rastros odientos e frustrações afetivas com o esforço devido;
no entanto, ao lado desta realidade, conhecemos a indiferença e o
abandono a que muitos filhos são relegados por seus pais, despertando
velhos antagonismos, de conseqüências imprevisíveis.
Há que buscar-se o equilíbrio que o Evangelho de Jesus ensina.
Aquele que mais compreender, sirva, oriente, perdoe, a fim de diminuir-se a onda de violência entre pais e filhos.
Não esqueçamos,
entretanto, que o abandono dos filhos, o ato de relegar-se sua
orientação a escolas e a terceiros, a imposição sem explicação
educativa, o fato de permitir aos filhos usos perigosos; apenas para não
incomodar-se, não deixam de ser, à luz do Espiritismo, tenebrosos atos
de violência, com os que atraiçoamos a confiança da Divindade, e que
deveremos ajustar em tempos do futuro, e muitas vezes, de um futuro a
iniciar-se hoje mesmo.
José Raul Teixeira