Resposta: Temos ouvido alguns confrades afirmarem: “Eu não forço os meus filhos, para a evangelização espírita, porque eu sou liberal.”
Ao que poderia ajuntar: “Porque não tenho força moral.”
Se o filho está doente, ele o força a tomar remédios; se o filho não
quer ir à escola, ele o força. Isto porque acredita no remédio e na
educação. Mas não crê na religião.
Para mim representa o mesmo que o deixar contaminar-se pelo tétano ou
outra enfermidade, para depois aplicar o remédio, elucidando:
“Você viu que não deve pisar em prego enferrujado? Agora, irei medicá-lo.” Ou tuberculoso, falar-lhe dos preceitos da higiene e da saúde.
“Você viu que não deve pisar em prego enferrujado? Agora, irei medicá-lo.” Ou tuberculoso, falar-lhe dos preceitos da higiene e da saúde.
Se
nós damos a melhor alimentação, o melhor vestuário, o melhor colégio,
dentro das nossas possibilidades, aos filhos, porque não lhes damos a
melhor religião, que é aquela que já elegemos?
Que os filhos, quando
crescerem, larguem-na, que optem depois.
Cumpre aos pais o dever de dar o
que há de melhor. Se eles encontraram, no Espiritismo, a diretriz de
libertação, eis o melhor para dar e não deixar a criança escolher,
porque esta ainda não sabe discernir.
Vamos orientá-los. Vamos “forçá-los”,
entre aspas, motivando-os, levando-os, provando em casa, pelo nosso
exemplo, que o Espiritismo é o que há de melhor.
Não, como fazem muitos:
obrigam os filhos irem à evangelização e, em casa, não mantém uma
atitude espírita.
É natural que os filhos recalcitrem, porque vêem que
tal não adianta, pois que os pais são espíritas, mas em casa,
decepcionam.
Se,
todavia, os pais são espíritas em casa, eles irão, felizes, às aulas de
evangelização e de juventude, porque estão impregnados do exemplo.
Divaldo Pereira Franco