L.E.: Afinidade Espiritual

“- Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?

- Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem ou suscetíveis de progredir; os Espíritos inferiores, com os homens viciosos ou que podem vicia-se; daí o seu apego, resultante da semelhança de sensações”. ( Questão 484, de ‘O Livro dos Espíritos”- Allan Kardec).

Inicialmente precisamos entender que Espíritos somos nós mesmos depois de deixar o corpo físico e que a lei de atração tanto funciona aqui na Terra como no mundo espiritual.

Como temos a liberdade de escolher nossas amizades, no contexto social em que vivemos, somos livres também para decidir com quais Espíritos desejamos manter contato, pois que segundo informações espirituais a Terra comporta aproximadamente seis bilhões de seres encarnados e vinte bilhões de desencarnados, donde podemos deduzir a grande interação que existe entre os dois mundos; o físico e o espiritual.

No entanto não podemos olvidar que a sintonia com Espíritos tem como base a nossa mente, pois que é pelo pensamento que buscamos ou repelimos a presença dos desencarnados.

Os Espíritos, que são os nossos familiares, amigos, conhecidos, e mesmo possíveis inimigos, se aproximam, quando desejam, atraídos pelo móvel das nossas ações, isto é, pelo que pensamos, fazemos ou deixamos de fazer. Como na Terra onde os afins de juntam, para uma festividade, competição esportiva, trabalho, estudos, eles também buscam por aqueles que vivem de conformidade com o que gostam.

Entendendo isso não podemos deixar de refletir maduramente no modo de vida que escolhemos para viver, pois cada gesto, atitude ou comportamento nosso manterá ligações com os irmãos da pátria espiritual.

O homem bom, fazendo o bem contará sempre com a companhia de Espíritos da mesma natureza que virá ajuda-lo no empreendimento que desencadeia, no entanto a criatura perversa ou indiferente, que cultiva o mal terá do seu lado a presença dos desencarnados que vibram na mesma faixa de ação. O primeiro usufruirá os benefícios da influência do bom e o segundo colherá os malefícios da companhia do mau. A escolha das amizades que queremos será sempre nossa.

Interessante, então, observarmos como estamos caminhando na vida, sabendo que “estamos cercados por uma multidão de testemunhas”, conforme informou Paulo de Tarso.

Dessa forma, até por uma questão de bom-senso e inteligência será bem melhor viver de acordo com os padrões da dignidade, honradez e decência, pois que tais virtudes emitirão um campo vibracional capaz de atrair a presença de irmãos que vivem fora do corpo, desejosos de compartilhar experiências da mesma natureza.

Viver no mal ou fazer o mal, decididamente não será uma opção saudável, uma vez que o prejuízo será único e exclusivamente nosso; o de seguir pela vida ombreando com criaturas cujas emissões vibratórias e emocionais carreguem o peso do sofrimento e da dor.

Reflitamos: os Espíritos estão ao nosso redor, pelo nosso modo de vida, estamos atraindo os equilibrados ou os desajustados?



W. A. Cuin

FRATERLUZ
Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo