Jerônimo Mendonça Ribeiro (1939 – 1989)
Nasceu em Ituiutaba, MG, no dia primeiro de Novembro de 1939 e sua desencarnação ocorreu no dia 26 de novembro de 1989.
Filho de Altíno Mendonça e Antonia Olímpia de Jesus, sendo nono filho de uma irmandade de dez filhos, teve uma infância pobre cheia de privações e seus pais eram muito pobres, analfabetos, lutavam arduamente pela sobrevivência: a mãe lavando roupa para fora e o pai fazendo “bicos” pelas fazendas; conta em uma de suas histórias com muito humor, que o único par de sapatos que teve em sua adolescência foi achado no lixo, quando tentava entrar no cinema.
Com treze anos foi levado a conhecer a igreja presbiteriana foi protestante até os 15 anos, era um membro ativo, dava até palestras.
Após a desencarnação de sua avó, começou a se debater mentalmente no problema cruciante da morte e do destino da alma, tendo ele um espírito indagador, não se sujeitou aos horizontes estreitos da igreja no que tange a crença em Deus, o conceito de uma vida única e de uma salvação limitada.
A amizade com um espírita fê-lo converter-se à doutrina espírita. O amigo esclareceu-lhe as dúvidas da vida além-túmulo e conseguiu acalmá-lo.
Já na puberdade, Jerônimo começou a sentir dores nas articulações, especialmente nos joelhos e tornozelos. Esses pontos de seu corpo passaram a “inchar” e já aos dezoito anos andava com dificuldade.
Teve vários empregos, porém as dores agravaram, não lhe deram tréguas e o impediram de permanecer por muito tempo num mesmo trabalho e era sempre obrigado a se afastar. Foi ele balconista, entregador de jornal, redator-chefe de uma revista e professor. Seu passatempo preferido era o cinema, era fascinado pelo Tarzan, sendo este o seu apelido.
Enquanto sua saúde lhe permitiu, participou ativamente das excursões com os jovens de uma Mocidade Espírita, estava ele com dezesseis anos. Desde jovem já mostrava interesse pelo espiritismo, frequentando o Centro Espírita que tinha na cidade. E isto foi de grande auxílio para ele, pois aos 18 anos de idade se defrontava com uma das primeiras grandes provações que tinha de vencer, passou a sofrer uma doença, não muito rara, a artrite reumatóide, que causava enormes dores e dificuldade de locomoção, quadro este que foi se agravando até que aos 20 anos de idade ficou definitivamente de cama.
Certo dia foi ao cinema assistir “... E o Vento Levou”, mas não havia nenhuma poltrona vazia. Jerônimo ficou quatro horas em pé no fundo da sala e ao terminar o filme estava petrificado, com grande vibração de dor nos membros inferiores. Foi aí que começou a jornada dolorosa e difícil da paralisia, como ele mesmo conta em sua autobiografia. Passou três meses deitado, plenamente impossibilitado de se locomover. Depois usou muletas por algum tempo enquanto ia lecionar. Porém, acabou mesmo tendo que ficar numa cama ortopédica, acometida de artrite reumatóide progressiva. O quadro enfermo de Jerônimo era tão desolador que mesmo sob efeito medicamentos, seus amigos tiveram que fabricar uma cama especial e colocar sobre seu peito um saco de areia de 30 quilos para que ele pudesse suportar a dor.
Recebeu de um amigo a doação de uma Kombi para poder ser levado às palestras. Jerônimo tornou-se orador espírita. Podemos dizer que ele conseguiu transformar seu leito numa tribuna ambulante (deu palestras pelo Brasil todo) e por meio dela conseguiu realizar um grande e valioso trabalho.
Quem o conheceu afirma que ele estava sempre rindo, gostava de um bom papo e de cantar também. Certa vez, o Dr. Fritz disse-lhe que ele tinha a doença de três "c" – cama, carma e calma. Os amigos sempre levavam Jerônimo ao cinema e também a outros lugares para se distrair.
Estando, certa ocasião, justamente num cinema, uma moça tropeçou em sua cama e “explodiu”: “Mas não é possível! Aonde eu vou, está o aleijado! Vou a uma festa, o aleijado lá! Esse aleijado me persegue! Aonde eu vou, ele está!” Jerônimo pensou consigo: “E agora?! A moça está revoltada, nervosa mesmo. Tenho que lhe dar uma resposta, mas não quero irritá-la mais ainda. O que dizer?” E saiu com essa: “Mas também, minha filha, você não pára em casa, hein!” Ela olhou-o atônita e começou a rir. Riram juntos. Ficaram amigos.
Permaneceu assim cerca de trinta e dois anos preso ao leito, paralítico e com a agravante perda da visão. Quase não dormia, aproveitou para estudar bastante o Espiritismo. Quando ficou cego amigos liam para ele. Nunca lhe faltaram bons amigos. Mas certa vez, um repórter lhe perguntou o que é a felicidade. Ele respondeu assim: “A felicidade, para mim, deitado há tanto tempo nesta cama sem poder me mexer, seria poder virar de lado”. Em outra ocasião, ele disse: “Casei-me com a Doutrina Espírita no civil e com a dor no religioso”.
Eis alguns casos da vida desse vulto do espiritismo:
1- Por ocasião de um “enterro”, quando o cortejo seguia para o cemitério, sua Kombi estava logo atrás. Retirado o caixão, quando as pessoas se dirigiam para o local, um alcoolizado que passava, vendo os amigos lhe carregando a cama, exclamou: “Nossa! Dois defuntos! Esqueceram o caixão deste!” Ele aprendeu a não se revoltar com comentários infelizes. Gostava de citar uma frase de Cairbar Schutel: “Melindres é orgulho ferido”.
2- Numa palestra de Divaldo Pereira, a cama de Jerônimo estava em evidência, na frente, para não atrapalhar os que quisessem passar. Em certo momento, aproximou-se um homem alcoolizado, ou seja, bêbado, na linguagem comum. Disse-lhe: “- Paralítico, levanta-se e anda!” E Jerônimo lhe disse – “Depois, meu amigo, depois”. Temia Jerônimo que a cena fosse notada e atrapalha-se a palestra “paralítico, levanta-te e anda!”, insistiu o bêbado.“Bem que eu queria, mas não consigo”, falou baixo o Jerônimo, tentando chamar o homem à razão. O bêbado saiu desconsolado: “- Oh, homem de pouca fé!”.
3- Ele costumava ser requisitado para a prece de despedida por ocasião da desencarnação de conhecidos. Um dia, próximo ao túmulo, coube-lhe a palavra. Depois emocionadas, as pessoas foram saindo, conversando. Esqueceram-no no cemitério. Altas horas da noite, quando os amigos foram visitá-lo em casa e ele não estava, é que se lembraram do cemitério, indo buscá-lo. Em ocasiões como essa, exercitava a resignação. Tinha que esperar que se lembrassem dele, até para um cafezinho ou um copo de água.
4- Um certo dia um Senhor foi orientado pela irmã de Jerônimo, para que esse fosse fazer uma visita a seu irmão, e assim o fez. Quando chegou a casa ele foi convidado a entrar e, ouvindo o barulho do pessoal nos fundos da casa, para lá se dirigiu. As gargalhadas do Jerônimo sobressaíam à distância. O homem estava tão desesperado que ao ouvir os risos virou-se a D.Terezinha e disse, revoltado: - “É esse homem que ira me confortar?” Fez-se silêncio o senhor foi chamado e apresentado. – “Jerônimo, aqui está um senhor que veio de São Paulo só para conversar com você. Por certo, desejará fazê-lo sozinho”. Os jovens se retiraram, e o senhor tomou a palavra: - “Olha moço, eu era uma pessoa muito rica até uma semana atrás. Eu tinha uma fazenda com eletricidade, com todo conforto da vida moderna, até campo de aviação. Tinha tudo. Fui tão incauto, que ao fazer a venda da fazenda passei a escritura e recebi uma nota fria”. O Jerônimo estranhou o que era uma nota fria. – “Uma duplicata sem valor. Eu não tive nem condições de reclamar. O advogado falou que era perca de tempo. A minha família antes se tolerava, porque nós conversávamos por bilhetes, eu nos meus weekends, a minha esposa nos seus chás, e os filhos, iam onde queriam. Agora todos, vêm em cima de mim, me cobrando o conforto, me cobrando a fazenda; eu não resisto a essa situação. Estava na farmácia justamente comprando um remédio para dar fim à minha vida, quando apareceu um amigo, que perguntou: Para que você quer isso? Como ele sabia do negócio que eu fiz e do meu desespero, ele falou: Eu não admito que você compre esse remédio! Eu respondi: Como? Você não manda na minha vida! Aí ele me disse: Eu vou deixar, sim,você cuidar de sua vida, se você me prometer que vai conversar com o Jerônimo Mendonça, em Intuiutaba. Eu lhe dou a passagem . Ele me deu a passagem, aqui estou eu, mas acho que eu perdi tempo, porque você é uma pessoa feliz, que não sabe o que é o sofrimento alheio”.
O Jerônimo lhe respondeu:- “Meu amigo, você é uma pessoa que realmente está sofrendo. Você perdeu uma fazenda maravilhosa, mas vamos supor que essa criatura que lhe comprou a fazenda voltasse agora e lhe perguntasse: “Você quer trocar a fazenda por um olho seu?”
-“Ah! Jerônimo, que bobagem é essa, isso é conversa que se fale!”
- “Não, o olho não, o olho é muito precioso, então vamos supor... Um braço”.
- “Ah! Mas que bobagem! Que conversa! Onde já se viu isso?”
-“Oh meu amigo! E cheguei à conclusão que você não é pobre, você não é miserável. Você é arquimilionário das bênçãos de Deus.
O homem ao sair dali mudou seu modo de pensar, sempre que podia voltava para trocar ideias com Jerônimo, e acabou se tornando um trabalhador da seara espírita”.
Nasceu em Ituiutaba, MG, no dia primeiro de Novembro de 1939 e sua desencarnação ocorreu no dia 26 de novembro de 1989.
Filho de Altíno Mendonça e Antonia Olímpia de Jesus, sendo nono filho de uma irmandade de dez filhos, teve uma infância pobre cheia de privações e seus pais eram muito pobres, analfabetos, lutavam arduamente pela sobrevivência: a mãe lavando roupa para fora e o pai fazendo “bicos” pelas fazendas; conta em uma de suas histórias com muito humor, que o único par de sapatos que teve em sua adolescência foi achado no lixo, quando tentava entrar no cinema.
Com treze anos foi levado a conhecer a igreja presbiteriana foi protestante até os 15 anos, era um membro ativo, dava até palestras.
Após a desencarnação de sua avó, começou a se debater mentalmente no problema cruciante da morte e do destino da alma, tendo ele um espírito indagador, não se sujeitou aos horizontes estreitos da igreja no que tange a crença em Deus, o conceito de uma vida única e de uma salvação limitada.
A amizade com um espírita fê-lo converter-se à doutrina espírita. O amigo esclareceu-lhe as dúvidas da vida além-túmulo e conseguiu acalmá-lo.
Já na puberdade, Jerônimo começou a sentir dores nas articulações, especialmente nos joelhos e tornozelos. Esses pontos de seu corpo passaram a “inchar” e já aos dezoito anos andava com dificuldade.
Teve vários empregos, porém as dores agravaram, não lhe deram tréguas e o impediram de permanecer por muito tempo num mesmo trabalho e era sempre obrigado a se afastar. Foi ele balconista, entregador de jornal, redator-chefe de uma revista e professor. Seu passatempo preferido era o cinema, era fascinado pelo Tarzan, sendo este o seu apelido.
Enquanto sua saúde lhe permitiu, participou ativamente das excursões com os jovens de uma Mocidade Espírita, estava ele com dezesseis anos. Desde jovem já mostrava interesse pelo espiritismo, frequentando o Centro Espírita que tinha na cidade. E isto foi de grande auxílio para ele, pois aos 18 anos de idade se defrontava com uma das primeiras grandes provações que tinha de vencer, passou a sofrer uma doença, não muito rara, a artrite reumatóide, que causava enormes dores e dificuldade de locomoção, quadro este que foi se agravando até que aos 20 anos de idade ficou definitivamente de cama.
Certo dia foi ao cinema assistir “... E o Vento Levou”, mas não havia nenhuma poltrona vazia. Jerônimo ficou quatro horas em pé no fundo da sala e ao terminar o filme estava petrificado, com grande vibração de dor nos membros inferiores. Foi aí que começou a jornada dolorosa e difícil da paralisia, como ele mesmo conta em sua autobiografia. Passou três meses deitado, plenamente impossibilitado de se locomover. Depois usou muletas por algum tempo enquanto ia lecionar. Porém, acabou mesmo tendo que ficar numa cama ortopédica, acometida de artrite reumatóide progressiva. O quadro enfermo de Jerônimo era tão desolador que mesmo sob efeito medicamentos, seus amigos tiveram que fabricar uma cama especial e colocar sobre seu peito um saco de areia de 30 quilos para que ele pudesse suportar a dor.
Recebeu de um amigo a doação de uma Kombi para poder ser levado às palestras. Jerônimo tornou-se orador espírita. Podemos dizer que ele conseguiu transformar seu leito numa tribuna ambulante (deu palestras pelo Brasil todo) e por meio dela conseguiu realizar um grande e valioso trabalho.
Quem o conheceu afirma que ele estava sempre rindo, gostava de um bom papo e de cantar também. Certa vez, o Dr. Fritz disse-lhe que ele tinha a doença de três "c" – cama, carma e calma. Os amigos sempre levavam Jerônimo ao cinema e também a outros lugares para se distrair.
Estando, certa ocasião, justamente num cinema, uma moça tropeçou em sua cama e “explodiu”: “Mas não é possível! Aonde eu vou, está o aleijado! Vou a uma festa, o aleijado lá! Esse aleijado me persegue! Aonde eu vou, ele está!” Jerônimo pensou consigo: “E agora?! A moça está revoltada, nervosa mesmo. Tenho que lhe dar uma resposta, mas não quero irritá-la mais ainda. O que dizer?” E saiu com essa: “Mas também, minha filha, você não pára em casa, hein!” Ela olhou-o atônita e começou a rir. Riram juntos. Ficaram amigos.
Permaneceu assim cerca de trinta e dois anos preso ao leito, paralítico e com a agravante perda da visão. Quase não dormia, aproveitou para estudar bastante o Espiritismo. Quando ficou cego amigos liam para ele. Nunca lhe faltaram bons amigos. Mas certa vez, um repórter lhe perguntou o que é a felicidade. Ele respondeu assim: “A felicidade, para mim, deitado há tanto tempo nesta cama sem poder me mexer, seria poder virar de lado”. Em outra ocasião, ele disse: “Casei-me com a Doutrina Espírita no civil e com a dor no religioso”.
Eis alguns casos da vida desse vulto do espiritismo:
1- Por ocasião de um “enterro”, quando o cortejo seguia para o cemitério, sua Kombi estava logo atrás. Retirado o caixão, quando as pessoas se dirigiam para o local, um alcoolizado que passava, vendo os amigos lhe carregando a cama, exclamou: “Nossa! Dois defuntos! Esqueceram o caixão deste!” Ele aprendeu a não se revoltar com comentários infelizes. Gostava de citar uma frase de Cairbar Schutel: “Melindres é orgulho ferido”.
2- Numa palestra de Divaldo Pereira, a cama de Jerônimo estava em evidência, na frente, para não atrapalhar os que quisessem passar. Em certo momento, aproximou-se um homem alcoolizado, ou seja, bêbado, na linguagem comum. Disse-lhe: “- Paralítico, levanta-se e anda!” E Jerônimo lhe disse – “Depois, meu amigo, depois”. Temia Jerônimo que a cena fosse notada e atrapalha-se a palestra “paralítico, levanta-te e anda!”, insistiu o bêbado.“Bem que eu queria, mas não consigo”, falou baixo o Jerônimo, tentando chamar o homem à razão. O bêbado saiu desconsolado: “- Oh, homem de pouca fé!”.
3- Ele costumava ser requisitado para a prece de despedida por ocasião da desencarnação de conhecidos. Um dia, próximo ao túmulo, coube-lhe a palavra. Depois emocionadas, as pessoas foram saindo, conversando. Esqueceram-no no cemitério. Altas horas da noite, quando os amigos foram visitá-lo em casa e ele não estava, é que se lembraram do cemitério, indo buscá-lo. Em ocasiões como essa, exercitava a resignação. Tinha que esperar que se lembrassem dele, até para um cafezinho ou um copo de água.
4- Um certo dia um Senhor foi orientado pela irmã de Jerônimo, para que esse fosse fazer uma visita a seu irmão, e assim o fez. Quando chegou a casa ele foi convidado a entrar e, ouvindo o barulho do pessoal nos fundos da casa, para lá se dirigiu. As gargalhadas do Jerônimo sobressaíam à distância. O homem estava tão desesperado que ao ouvir os risos virou-se a D.Terezinha e disse, revoltado: - “É esse homem que ira me confortar?” Fez-se silêncio o senhor foi chamado e apresentado. – “Jerônimo, aqui está um senhor que veio de São Paulo só para conversar com você. Por certo, desejará fazê-lo sozinho”. Os jovens se retiraram, e o senhor tomou a palavra: - “Olha moço, eu era uma pessoa muito rica até uma semana atrás. Eu tinha uma fazenda com eletricidade, com todo conforto da vida moderna, até campo de aviação. Tinha tudo. Fui tão incauto, que ao fazer a venda da fazenda passei a escritura e recebi uma nota fria”. O Jerônimo estranhou o que era uma nota fria. – “Uma duplicata sem valor. Eu não tive nem condições de reclamar. O advogado falou que era perca de tempo. A minha família antes se tolerava, porque nós conversávamos por bilhetes, eu nos meus weekends, a minha esposa nos seus chás, e os filhos, iam onde queriam. Agora todos, vêm em cima de mim, me cobrando o conforto, me cobrando a fazenda; eu não resisto a essa situação. Estava na farmácia justamente comprando um remédio para dar fim à minha vida, quando apareceu um amigo, que perguntou: Para que você quer isso? Como ele sabia do negócio que eu fiz e do meu desespero, ele falou: Eu não admito que você compre esse remédio! Eu respondi: Como? Você não manda na minha vida! Aí ele me disse: Eu vou deixar, sim,você cuidar de sua vida, se você me prometer que vai conversar com o Jerônimo Mendonça, em Intuiutaba. Eu lhe dou a passagem . Ele me deu a passagem, aqui estou eu, mas acho que eu perdi tempo, porque você é uma pessoa feliz, que não sabe o que é o sofrimento alheio”.
O Jerônimo lhe respondeu:- “Meu amigo, você é uma pessoa que realmente está sofrendo. Você perdeu uma fazenda maravilhosa, mas vamos supor que essa criatura que lhe comprou a fazenda voltasse agora e lhe perguntasse: “Você quer trocar a fazenda por um olho seu?”
-“Ah! Jerônimo, que bobagem é essa, isso é conversa que se fale!”
- “Não, o olho não, o olho é muito precioso, então vamos supor... Um braço”.
- “Ah! Mas que bobagem! Que conversa! Onde já se viu isso?”
-“Oh meu amigo! E cheguei à conclusão que você não é pobre, você não é miserável. Você é arquimilionário das bênçãos de Deus.
O homem ao sair dali mudou seu modo de pensar, sempre que podia voltava para trocar ideias com Jerônimo, e acabou se tornando um trabalhador da seara espírita”.
Fonte: autoresespiritasclassicos.com
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