Nessa semana costumamos ouvir e dizer: "Feliz Páscoa". O que estamos, de verdade, desejando quando escutamos e/ou dizemos essa expressão?
Pesach (que em hebraico significa “passagem”) é a festividade judaica que comemora durante 8 dias a libertação do cativeiro no Egito.
Os judeus passaram da condição de escravos para a de pessoas livres e puderam assim se conduzir usufruindo da liberdade, rumo à Terra Prometida. No mundo atual, no aqui-agora da existência, que “passagem” precisamos viver?
Os judeus passaram da condição de escravos para a de pessoas livres e puderam assim se conduzir usufruindo da liberdade, rumo à Terra Prometida. No mundo atual, no aqui-agora da existência, que “passagem” precisamos viver?
Pesach, em português, é Páscoa - uma festividade judaica, com data móvel. Para calcular a Páscoa, é observado o primeiro domingo de Lua cheia do Outono (no hemisfério Sul, que se dá entre 31 de Março e 25 de Abril). Assim, a Páscoa se “cristianizou” a partir de 325 D.C, quando a Igreja Católica Romana convencionou sua data no famoso e controvertido Concílio de Nicéia, sobretudo porque a aparição audível, visível e tangível de Jesus, três dias após a morte pela cruel crucificação, teria ocorrido exatamente no domingo em que os fiéis da tradição judaica comemoravam sua Páscoa. Há quem diga que a última ceia partilhada por Jesus com seus discípulos é considerada, geralmente, uma refeição-ritual que acompanha a festividade judaica do Pesach.
O fato é que, sob o comando de Moisés, os judeus fizeram sua passagem da abjeta escravidão para a bem-vinda liberdade física.
Mil e quinhentos anos depois, Jesus, o Cristo, fez sua passagem da existência no campo físico para a comprovação da imortalidade do Espírito e sua comunicabilidade com seus discípulos – futuros propagadores de sua Mensagem de Amor que tem o poder de libertar despertando consciências, rumo à harmonia com a Fonte da Vida, desde que os seres se permitam despertar para os valores do Espírito.
Passados mais de 2 mil anos, após a experiência de Jesus, ainda encontramo-nos em diversos tipos de prisões: egolatria, medo, orgulho, separatividade etc. Para delas nos libertamos, mister se faz caminhar, movimentar-se, passar de um ponto para um novo, de um estado de aprisionamento para um outro onde haja mais liberdade.
Todo dia é oportunidade de mudança interior, de transformação. Essa semana da Páscoa surge como mais uma possibilidade de fazermos algo de bom para nossa alma, que anseia Paz, Amor, Luz e Bem-estar.
Precisamos passar da ignorância para o conhecimento e a vivência das Leis Universais; da pequenez do nosso ego doentio e limitador para atingirmos com humildade a grandeza de nosso Eu (a parcela de Deus em nós, o Cristo interno), saudável e capaz de elastecer e ampliar nossa Consciência, nossa presença ativa no Planeta e cumprir o que nos comprometemos fazer, antes de assumirmos a atual personalidade terrena.
Reflitamos sobre os ensinamentos de Vida que Jesus nos deu durante sua existência na Terra, seja encarnado ou após seu ressurgimento, durante 40 dias. Se nem Jesus ficou preso à morte, por que haveríamos nós, seus admiradores, de fazê-lo, relembrando sofridamente na imaginação toda carga de dor que Ele se permitiu passar? Visualizemos a vitória de Sua missão, quando nos doou ensinamentos imortais que podem nos transformar – se assim o quisermos, de coração.
Estamos criando pontes para nos aproximarmos do outro ou preferimos nos fechar em nós mesmos, esquecidos do sentimento de Unidade que une?
Felizes dias de reflexões e que estas possam nos ajudar a dar a coragem de caminhar como passageiros conscientes do nosso papel na Terra!!!
Paz e Bem a todos nesta Semana de Páscoa! Escolhamos um setor da nossa alma que esteja precisando se mover e façamos uma feliz “passagem”! Paz e Bem!
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A propósito, recomendo assistir a um dos melhores filmes sobre Jesus. Trata-se de “O Quarto Sábio”, baseado em conto de Henry Van Dyke (1852-1933), um diplomata, escritor e pastor norte-americano. Van Dyke escreveu o conto “The Fourth Wise Man“, da forma mais universalista possível, sem a pretensão de proselitismo. Inspiradíssimo, porque atinge beneficamente a todos espectadores seguidores ou não de religiões formais.
Em 1985, o conto foi transformado em filme produzido para a TV, com 72min de duração, com Martin Sheen no papel principal. Após assisti-lo, reflitamos sobre as seguintes questões:
O que é mais importante na Vida?
Qual o significado real da existência?
Passados mais de dois mil anos, que presentes o Cristo espera de nós?
Como podemos retribuir por tantos presentes, bênçãos que a Vida já nos deu?
Fonte: http://www.gepazebem.org/o-que-significa-a-pascoa.html#more-8487