Entrevista sobre Joanna de Ângelis - Divaldo Franco (Benidorm, Espanha)

REVISTA CULTURA ESPÍRITA

(RCE) – Pode traçar uma linha do tempo identificando reencarnações desse generoso Espírito, caracterizando muito antiga adesão a Jesus? 

Divaldo Pereira Franco (DPF) – Segundo informações dela mesma, viveu ao tempo de Jesus como sendo Joana de Cusa que, ao encontrar 

o Mestre, modificou completamente a sua existência, dedicando-se-Lhe com total abnegação até o momento da crucificação.

Posteriormente, após a desencarnação do marido, permitiu-se queimar viva, durante o reinado de Nero.

Reencarnou diversas vezes, tornando-se conhecida em algumas como Clara de Assis, na Itália, Juana Inés de La Cruz, no México e Joana Angélica de Jesus, em Salvador.

RCE – Em que medida Joana dá uma nova dimensão à moderna Psicologia? 

DPF – Desde que ela começou a ditar-me mensagens que vêm falando sobre a necessidade de ser elaborada a psicologia espírita. Recordava-me que Kardec, o insigne codificador, já se preocupava com a questão, quando, apresentando a Revue Spirite, esclareceu que se tratava de um Órgão de estudos psicológicos.

Considerando Carl Gustav Jung, um dos pioneiros da psicologia transpessoal, também denominada Quarta Força em Psicologia, ela propôs-se a demonstrar que o paradigma espírita é profundamente psicológico, com elementos que facultam solucionar os inumeráveis problemas do ser humano, abrindo-lhe espaços para a saúde integral, a indivuação, o reino dos Céus.

Ao mesmo tempo, amplia os horizontes da Psicologia, tradicionalmente unicista, levando-a além das conquistas em torno da psique, às origens reais da vida... 

RCE – Podemos dizer que Joanna oferece novos entendimentos sobre as conexões Espírito, perispírito e corpo somático? 

DPF – É exatamente o que vem pretendendo nos livros até então publicados, demonstrando que muitos conceitos junguianos e de outros estudiosos encontram-se no Espiritismo com outras denominações, como os arquétipos, a sincronicidade, as síndromes do ninho vazio, do poder, a culpa etc., estudadas na Lei de Causa e Efeito. Ao mesmo tempo propõe valiosas psicoterapias para as problemáticas e tormentos emocionais, abrindo espaço para a aceitação da Logoterapia de Viktor Frankl etc. e atualizando as lições soberanas do Evangelho de Jesus, especialmente nos seus processos psicoterapêuticos: a oração, a meditação a ação do bem, a alegria de viver, a transformação moral para melhor... 

RCE – Joanna e educação. Que relações estabelece no sentido de referendar e aprofundar os ensinos das entidades que, juntamente com Kardec, caracterizaram o Espiritismo como obra de educação? 

DPF – Confirmando o egrégio codificador, a Benfeitora assevera que educação é vida, especialmente educação moral, graças à qual o ser humano consegue atingir o mais elevado nível de consciência, denominado como cósmica.

Sem a educação moral, o ser humano retornaria à barbárie. Por seu intermédio desenvolvem-se os valores éticos, mediante os quais a existência adquire sentido psicológico, avançando para o numinoso, para a autoconsciência. 

RCE – Com relação aos tempos novos, o que nos oferece Joanna quanto à integração ciência – filosofia –religião? 

DPF – Joanna de Ângelis elucida que a ciência investiga, a filosofia explica e a religião dignifica espiritualmente aproximando a criatura do seu Criador.

Nestes novos tempos todos necessitamos que se firmem na ciência como numa filosofia idealista, para vitalizar o ânimo e as conquistas intelecto-morais, trabalhando-se em experiências cristãs, realmente cristãs, transformadoras.

O Espiritismo é doutrina perfeita por manter-se em equilíbrio nessas três vertentes do conhecimento terrestre. É a nova psicologia, aquela que vem sendo apresentada pela abnegada Mentora, igualmente sustenta-se nas pesquisas contínuas em torno do Espírito nas suas raízes mais remotas, oferecendo-lhe uma filosofia otimista, trabalhada nas diretrizes do bem fazer, do autoamor, do amor ao próximo, para, enfim, alcançar o amor a Deus, portanto, atingindo o momento culminante da religiosidade, que é a espiritualidade plena.

Benidorm (Espanha), 6 de dezembro de 2012.

Fonte: Revista Cultura Espírita, do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, ano IV, nº 47, de fevereiro 2013.







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