Perdão, expressão de amor

O amor é fonte inesgotável; quanto mais se doa mais cresce, se expande e beneficia. É a expressão do sentimento mais puro que a criatura pode desenvolver.

Quem ama, desculpa, tem compaixão, perdoa, não faz exigências, simplesmente doa, esquecendo-se de si mesmo em benefício do próximo.

O maior exemplo de amor que a Humanidade conhece é Jesus, Modelo e Guia, que, diante do questionamento de Pedro: “Senhor, perdoarei a meu irmão todas as vezes que pecar contra mim? Fá-lo-ei até sete vezes?, deixou-nos o inolvidável ensinamento: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (Mateus, 18:21 e 22). Naquele instante, ensinou; mais tarde, no momento extremo da cruz, testemunhou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas, 23:34).

O amor de Jesus é para todos, indistintamente. O Cristo doou-se em plenitude, exemplificou o amor incondicional, respeitou a ignorância dos contemporâneos e não violentou a consciência de nenhum deles, ainda saturada de sombras e equívocos; em vez disso, legou à Humanidade o seu testemunho inquestionável.

O Espírito imortal necessita viver em sociedade, porque esta é lei natural, divina, necessária ao seu progresso, crescimento e prática da Lei Maior: “Amar ao próximo como a si mesmo.” (Mateus, 22:39), ou seja, aceitar o outro como ele é, e não como desejamos que ele seja; ter boa vontade para com todos, porque é de nosso gosto que todos tenham igual boa vontade para conosco; ser indulgente, porque necessitamos de indulgência; desculpar, porque desejamos ser desculpados; ter compaixão, porque também precisamos de compaixão; perdoar, porque queremos ser perdoados.

No entanto, as imperfeições dificultam que ajamos assim, por conta de hábitos milenares arraigados que necessitam ser substituídos por valores perenes, por hábitos novos, nesse processo educativo que a reencarnação concede por amor do Pai.

Seja no lar, no trabalho, na via pública, na casa de oração, onde estivermos o convite é para nos amarmos, indistintamente, mesmo aos que se dizem ou que consideramos nossos inimigos.

Inimigos, certamente, todos teremos ou não, por razões que fogem ao julgamento. Contudo, que a inimizade não se origine naquele que deseja amar conforme o apelo do Mandamento Maior.

É na vida em sociedade que temos a oportunidade de reconciliação, de conviver com os desafetos de ontem ou de agora, de aprender a amar e perdoar, porque só o perdão, reflexo do verdadeiro amor, é capaz de conduzir a criatura à libertação das amarras que a imobilizavam nas faixas inferiores da animalidade.

Revista O Reformador - Edição Novembro de 2017
Federação Espírita Brasileira

Fonte:http://www.vinhadeluzlondrina.com/artigos-espiritas

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