Examinemos a nós mesmos (André Luiz)

O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor. 

Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima. 

Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário. 

Testa a paciência própria: - Estás mais calmo, afável e compreensivo? 

Inquire as tuas relações na experiência doméstica: - Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa? 

Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: - Colaboras com mais euforia na seara do Senhor? 

Observa-te nas manifestações perante os amigos: - Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes? 

Reflete em tua capacidade de sacrifício: - Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente? 

Pesquisa o próprio desapego: - Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres? 

Usas mais intensamente os pronomes "nós", "nosso" e "nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e "minha"? 

Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros? 

Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma? 

Dissipaste antigos desafetos e aversões? 

Superaste os lapsos crônicos de desatenção e negligência? 

Estudas mais profundamente a Doutrina que professas? 

Entendes melhor a função da dor? 

Ainda cultivas alguma discreta desavença? 

Auxilias aos necessitados com mais abnegação? 

Tens orado realmente? 

Teus ideais evoluíram? 

Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança? 

Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras? 

Evangelho é alegria no coração: - Estás, de fato, mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos? 

Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo! 

Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor. 

Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida. 

Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária. 

Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...

André Luiz;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier;
Do livro: Opinião Espírita.

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