Meus filhos, Jesus lhes abençoe os caminhos com muita paz.
O amor ao próximo é a alma dos princípios cristão.
A
lei universal de amor nos permite e convida-nos à ação consoladora em
favor das necessidades de nosso próximo. Entretanto, a ação no bem, por
si mesma, não representa a cura pessoal.
Estender a mão que apoia
e enxugar lágrimas são roteiros insubstituíveis de solidariedade e
bondade a que todos omos chamados para propiciar o bem alheio, a cura e a
redenção, entretanto, são caminhos individuais e intransferíveis,
frutos do merecimento e do trabalho pessoal.
Quando Mestre
orientou os apóstolos para "curarem toda a enfermidade", antes de tudo,
estava propondo a ação curativa de si mesmos. É interessante notar que
aqueles que foram beneficiados pelas Suas mãos santas já apresentavam as
condições íntimas de libertação de suas dores e privações.
A
narrativa evangélica assegura que o Senhor "deu-lhes poder", antes mesmo
de recomendar as ações solidárias de curar, limpar, expulsar e
ressuscitar. Conferir poder é acolher, estimular, orientar e reforçar a
divindade adormecida e ignorada no íntimo do coração. Todo servidor do
bem que busca sua própria iluminação habilita-se, pelo exemplo e pela
força de suas atitudes sinceras, a despertar esse poder em seu próximo. O
poder da crença lúcida, o poder da fé legítima, o poder do amor
curativo.
A vida de Jesus é repleta de preciosas histórias de
despertamento, que se deram por meio da pedagogia da crença no valor
pessoal, a partir da amorosidade, do acolhimento e da inclusão. Na
singela expressão "deu-lhes poder", está resumida a mais gloriosa missão
das linhas do amor.
Nessa ótica, amar é construir relações
afetivas capazes de fazer florescer o melhor de cada um de nós,
dilatando o poder individual de cura e de iluminação interior.
Quem
ama acolhe sua própria sombra interior com tão rica bondade, que
conquista o poder de um descobridor de talentos de quantos se
encontrarem à sua volta. Quem ama tem luz no olhar e destaca sempre o
bem e a riqueza íntima de todos.
Embora consideradas emoções que
causam sofrimento, à luz do amor, podemos transformar a tristeza e a
mágoa, o medo e a culpa, o orgulho e a inveja em adubos nutrientes no
canteiro da alma, produzindo farta colheita de frutos. Estas são emoções
que curam e, nessa transformação, reside o poder da cura pessoal.
A tristeza é um convite para o melhor ajustamento à realidade.
A mágoa é uma dor que nos sacode para que descubramos velhas ilusões no campo mental.
O medo
é um amigável indicador de que queremos responder acertadamente aos
desafios, requisitando de nós mesmos maior preparo e atenção.
A culpa é uma exigente orientadora que nos convoca a rever crenças e valores.
O orgulho é uma força que, bem orientada, torna-se pilar da autoestima.
A inveja é uma pista concreta sobre talentos adormecidos nos recessos profundos da inteligência.
Curar
não significa eliminar a parcela de sombra pertinente às nossas
atitudes, pois nos porões sombrios da vida mental existem terrenos
férteis para a semeadura em favor da iluminação da consciência.
Em
cada traço sombrio da personalidade humana, existe uma dica emocional
em favor da cura de nossas enfermidades. Essas sombras constituem
emoções curativas quando iluminadas por uma percepção sadia e
consciente.
Louvemos a vida e a oportunidade que nos foi entregue
de curadores de nós próprios nas bênçãos da reencarnação e comecemos o
quanto antes a cuidar do enfermo que está dentro de cada um de nós,
promovendo-nos à condição de saudáveis filhos de Deus.
Esse
trabalho interior de recuperação é um resultado de três ciclos que
amadurecem a experiência emocional e psíquica. O primeiro,
autoconhecimento; o segundo, a autotransformação; o terceiro, o
autoamor.
Esses são os três ciclos do poder pessoal, os três pilares do amor que liberta e quem avança por eles alcança poder.
Quem
alcança poder íntimo pode "curar enfermos, ressuscitar os mortos,
expulsar demônios e limpar leprosos", conforme a recomendação de Jesus
aos seguidores de sua mensagem sublime.
De coração agradecido e por entre as luzes do amor e da compaixão, recebam minha bênção sincera em nome de Jesus Cristo!
Bezerra de Menezes
Do livro: Emoções que Curam, por Ermance Dufaux
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