Realmente, a civilização baniu o duelo das praças públicas e não mais vemos espadas desembainhadas, suscitando aflição, ferimento e morte.
Os códigos evoluídos reprimem hoje, nos povos mais cultos, semelhantes manifestações da animalidade e selvageria.
Entretanto, se as lâminas repousam ensarilhadas, não ocorre o mesmo com os dardos envenenados da vida mental.
Muitas vezes, arremessamos raios de perturbação e indisciplina, angústia e destruição para todos os ângulos da estrada em que a nossa vida se movimenta.
São os pensamentos desvairados do psiquismo deprimente.
Não raro, arrojamo-los, sem piedade, para quantos nos desatendem ao egoísmo;
Endereçamo-lo, sem piedade, para quantos nos desatendem ao egoísmo;
Enviamo-los aos parentes que não se afinam com as nossas maneiras e concepções;
Projetamo-los sobre aqueles com quem não edificamos ainda os alicerces da simpatia;
Detonamo-los contra as pessoas que não nos aceitam os padrões de vivência e trabalho;
E, nessa provocação permanente, perante as inteligências desiguais que nos cercam, improvisamos e permutamos males e enfermidades, problemas e obstáculos que, indubitavelmente, se voltam depois contra nós.
Em razão disso, a vida na Terra ainda se encontra muito distante do roteiro de harmonia e de amor que o Céu espera de nossa conduta vulgar.
De quando a quando, guerras civis e internacionais são as crises nevrálgicas dos nossos duelos cronificados do pensamento intemperante e insubmisso.
Mas, assim como as convenções impuseram o repouso da espada entre amigos, na obra da civilização, o Evangelho consolidará o serviço legítimo da educação espiritual, em cuja grandeza aprendemos a ver circunstâncias e pessoas, no lugar que lhes compete, encontrando a verdadeira felicidade no dever de servir com aquele que, pelo Reino do Amor, não hesitou em aceitar o sacrifício e a cruz por normas de aquisição da paz inextinguível.
Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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