A bênção da esperança (Joanna de Ângelis)

O Outro, aquele de quem exiges consideração e cuidados para contigo, também tem problemas e dificuldades que não te revela.

Fita o mar proceloso da existência e, quando te sentires fragilizado, robustece-te na oração, ancorado na confiança da vitória.

A desconfiança é nuvem que oculta a face da vitória.

Renascestes para o triunfo sobre ti mesmo e este é um trabalho que somente por ti poderá ser realizado.

Não transfiras para os outros os teus demônios psicológicos, à espera sempre de mimos e aparências.

Cristãos sem testemunhos é linda planta trabalhada em substância plástica, bela, mas sem vida.

A esperança é benção do céu para toda a existência.

Quando tudo esteja escasso, em aparente infortúnio, a esperança é o anjo vigoroso e companheiro vigilante ao teu lado, emulando-te ao prosseguimento.

Mesmo que advenham situações penosas e muito aflitivas, considera que a vida física não é uma viagem idílica ao país do prazer, mas, sim, uma experiência iluminativa, que trabalha pela libertação do ser.

Quando a bênção da esperança brilha em teu íntimo, a vida exulta em plenitude.

Educando os instintos agressivos, desenvolve as emoções dignificadoras, de forma que sempre se sobreponha o sentimento de amor.

Em qualquer circunstância, especialmente naquelas que te parecem infelicitadoras, interroga-te como gostarias de ser tratado ou reconhecido pelo teu próximo e faze conforme concluas.

A justiça não dilui a esperança, dá-lhe vigor, da mesma forma que o perdão.
O teu destino é construído pelo teu pensamento.

Abandona o vício mental negativo, sórdido, vulgar e enriquece-te de beleza e esperança.

Jesus, no último instante da cruz, quando nada mais podia ser feito, suplicou:

-Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. ( Lucas, 23:46)

A sublime esperança das bençãos transcendentais a que Ele fazia jus ficou na condição de última mensagem.

Entregá-te a deus, Ele fará o que não esteja ao teu alcance, e mantém sempre a esperança como a segura companheira da tua existência.

Joanna de Ângelis



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