Muitas tradições espirituais indicam, como etapa na espiritualização da criatura, aprender a fazer silêncio interior.
Importante parte da disciplina das iniciações espirituais, aprender a apaziguar a casa mental é algo desafiador para quase todos nós.
Nos acostumamos a gritar em silêncio. Fazemos um barulho ensurdecedor nas irradiações mentais. Nossos pensamentos se assemelham, muitas vezes, a uma tempestade de longo curso.
Não basta ser calado para se supor que estamos em silêncio interno. Não é a aparência. É o real, o interno.
A serenidade externa deve refletir a calmaria em profundidade. Controlar a natureza dos pensamentos, seu conteúdo emocional. Opor um bom pensamento a um mal. Isto exige exercício e determinação pois levará algum tempo para que venhamos a sentir que escasseiam, cada vez mais, os pensamentos turbulentos.
Estamos acostumados a “roncar” com um trovão na mente. O imediatismo com que bafejamos a nossa vida, contribui, de maneira acentuada, para a gritaria interna.
Se somos, em tese, donos de nossos pensamentos, estes podem sofrer um processo de controle, originando a educação em profundidade. Claro que o fato de não termos hábito de verificar os pensamentos ajuda na perpetuação das tormentas íntimas. Um furacão interior devasta, muitas vezes, o universo emocional das nossas vidas.
Meditar, refletir, valorizar a vida mental é o caminho para a ascenção dos valores espirituais.
Quem investe na realidade da vida alem da matéria encontrará entendimento de que pode fazer o silêncio interior e, mais que isso, conseguirá manter a construção de bons pensamentos. É um processo. E não será do dia para a noite. É preciso, no entanto, começar. Não há meio sem começo.
Frederico Menezes
Fonte:http://www.portalespiritualista.org/novo/?p=103
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