Trata-se duma gravura representando um menino, de cima duma mesa, que diz à sua mãe: “Veja como sou grande. A mãe então retruca: Meu filho, tu não és, mas apenas parece grande, graças à altura desse móvel onde te achas: procure ser, e não parecer”.
Esta lição, que o emérito educador destina às crianças, é de toda a atualidade, mesmo para os adultos.
Observando a nossa sociedade, inserta num planeta de categoria inferior, ainda de expiações e provas, percebemos com grande facilidade que uma das manifestações mais intercorrentes do orgulho é a vaidade.
Algumas facetas mais comuns de sua manifestação poderiam ser destacadas, como apresentação pessoal exuberante,
evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde;
aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante dos infortúnios por que passa;
obstrução mental na capacidade de se autoanalisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar e, tantos outros aspectos de manifestação dessa mazela da alma.
Algumas facetas mais comuns de sua manifestação poderiam ser destacadas, como apresentação pessoal exuberante,
evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde;
aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante dos infortúnios por que passa;
obstrução mental na capacidade de se autoanalisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar e, tantos outros aspectos de manifestação dessa mazela da alma.
A vaidade, em qualquer de suas formas de apresentação reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. A aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada ao intérprete, satisfazendo a sua vontade de ser “badalado”. Porém, no íntimo, a criatura reflete, com todo esse comportamento, insegurança e acentuada carência de afeto, provenientes de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência.
Por outro lado, também há que ser destacado que, muitas vezes, a vaidade do homem é profunda, radica-se nos resfolhos recônditos do seu coração. É cruel, é feroz e sinistra em seus malefícios, cujos efeitos, por vezes, separam amigos, destroem povos e arruínam nações. A vaidade do homem tem feito correr rios de sangue e torrentes de lágrimas, deixando rastros de inenarráveis tragédias. O testemunho da história do passado e a do presente comprova a assertiva.
Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, obra sistematizada por Allan Kardec, no capítulo V, “Bem-aventurados os Aflitos”, referindo-se às causas atuais das aflições, assim se reporta: “O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sua sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria”.
Desse modo, torna-se imperioso que façamos uma análise acurada para identificarmos o tamanho dessa mazela em nós, pois é certo que todos a temos em graus os mais diversos. O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu.
Recordando os ensinamentos de nosso Mestre Jesus proferido no célebre Sermão da Montanha, quando disse: _ bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino de Deus _ lembraríamos que a soberba, sob seus vários aspectos, constitui a pedra de tropeço que embarga nossos passos na conquista dos bens imperecíveis consubstanciados no Reino de Deus.
O mundo admira o fausto, o luxo, a notoriedade, o exterior – numa palavra. Mas o verdadeiro valor está no interior do homem: está no seu caráter, nos seus sentimentos, na sua inteligência, Não é a forma que encerra o valor; é o espírito, é a alma, o eu imortal, sede das faculdades e poderes cuja origem é divina.
Martha T. Capelotto
Fonte:http://visaoespiritabr.com.br/moral-crista/ser-e-nao-parecer
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