Depoimento: a morte em vida

Otto Sampaio entrou em coma e passou pela experiência de quase-morte. A seguir, ele conta o que viu do outro lado e por que escolheu permanecer entre nós

Para amigos e familiares foram 30 horas de angústia, desespero, fé e oração. Para Otto Cezar Sampaio, foi apenas um longo e escuro caminho até o Criador.

Aos 36 anos, quando entrou em coma, em decorrência de uma parada cardio-respiratória, Otto estava no auge da realização de sua vida familiar e profissional. Professor, casado e pai de três filhos, ele enxergava sua vida como uma evolução constante. Feliz e satisfeito com suas conquistas, ele não quis aceitar as fatais consequências de uma timpanoplastia, uma cirurgia delicada a qual teve que se submeter por problemas de audição.

Viagem além do corpo

“Eu já tinha levado uma anestesia geral, já estava inconsciente quando me senti dentro de um túnel muito escuro. Só lá no fundo é que eu conseguia enxergar uma luz branca, muito pequena, e que ia aumentando de tamanho conforme eu caminhava”, recorda.

Durante essa sua jornada, Otto sentia a presença de um outro alguém, que caminhava ao seu lado pelo túnel. Mas ele jamais conseguiu identificar quem era essa pessoa que lhe fazia companhia. “Nós andávamos juntos, mas eu não conseguia ver seu rosto, nem saber se era homem ou mulher. Sei que eu era guiado por ele nesse túnel. Então, quando chegamos bem perto da luz branca e veio a claridade total, essa pessoa indefinida me levou até Deus”, remonta.

Foi nessa hora que Otto se viu em um momento decisivo. “Quando vi Deus, disse a ele que ainda não era hora de partir. Falei que eu tinha muita coisa pra fazer aqui e pedi para continuar vivendo. Acho que foi nessa hora que acabei voltando, sem que Deus me respondesse nada”, conta.

Durante as 30 horas de coma, os médicos tentaram de tudo para reanimar Otto, sem obter êxito. Foi quando o médico disse à esposa de Otto que já não havia mais nada a fazer. A única alternativa estava na retirada dos aparelhos que o mantinham em estado vegetativo. Assim, existiriam duas conseqüências possíveis: ou Otto reagiria a esse impacto, voltando à vida ou, caso não apresentasse reação, faleceria. A esposa, familiares e a equipe médica assumiram o risco; desligaram os aparelhos e Otto renasceu.

Hoje, aos 58 anos, o professor e membro da diretoria de um importante colégio, em São Paulo, sabe exatamente o que lhe fez pedir para Deus que permanecesse entre nós. “Naquela época, meus filhos eram pequenos; o mais novo tinha 3 anos, o do meio 6 e o mais velho tinha 9. Era só neles que eu pensava. Foi por eles que pedi a Deus pra me deixar ficar”, emociona-se. Prova de que quando se tem uma missão na Terra, tudo é possível para que ela se realize.

Fonte:http://www.triada.com.br/espiritualidade/espiritismo/aq173-203-279-1-depoimento-a-morte-em-vida.html


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