O retrato do perfeccionista (Hammed)

“Cada um dê como dispôs em seu coração, sem pena nem constrangimento, pois Deus ama a quem dá com alegria ” (II Coríntios, 9:7.)

Por metáfora, poderíamos dizer que o retrato do perfeccionista reúne e combina determinados traços psicológicos e sinais particulares, com ênfase no seu jeito de pensar e agir diante do mundo em que vive.

A moldura dessa tela mental junta elementos básicos da índole do indivíduo que possui a tendência de obstinar-se em fazer as coisas com absoluta perfeição.

A matéria-prima do perfeccionista é constituída das seguintes posturas, ideias e atitudes:

• Estrutura e organiza seu dia-a-dia como se fosse uma estante de livros.

• Trabalha sem interrupção. O trabalho é seu lazer preferido.

• Tem pavor de cometer erros. Vive em constante intimidação por recear não atingir o êxito em seu mais alto grau.

• Tem enorme necessidade de aplauso, elogio, estima.

• Mostra inferioridade em relação aos outros, mas, no fundo, acredita ser superior.

• Desculpa-se ou justifica-se insistentemente pelos seus erros.

• Espera em demasia a consideração alheia.

• Supõe estar sempre com a razão.

• Dramatiza problemas e conflitos.

• Resiste às ideias e conceitos novos.

• Julga ser a única criatura apta para realizar as coisas corretamente.

• Tem dificuldade em relaxar. Está sempre preso a obrigações.

• Tem obstinação pela ordem.

• Rotula tudo o que existe em extremos opostos — certo e errado, moral e imoral, tudo ou nada.

• Tem compulsão pela limpeza.

• Vivência o mundo das culpas. Sua conduta é quase toda baseada em regras e normas sociais.

Quem busca a perfeição, neste mundo de provas e expiações, esquece-se de viver e não consegue perceber a alegria imanente na própria existência humana.

“Deus ama a quem dá com alegria”, e não a quem dá com perfeição. Ninguém nos exige nada, a não ser a própria exigência. Ninguém nos julga nem nos condena com tanta severidade como nós mesmos, muitas vezes, o fazemos.

A dor da alma não se encontra no passado — onde estivemos; nem no futuro — para onde iremos. A dor da alma se encontra no presente – onde estamos.

Espírito Hammed;
Psicografia: Francisco do Espírito Santo Neto;
Livro Um Modo de Entender Uma Nova Forma de Viver, cap. 21.


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