Provavelmente “a cura espírita” é um dos assuntos que mais gera curiosidade, divulgação na mídia e leva as pessoas a buscar uma casa espírita.
A divulgação destas práticas tem ocorrido sem o devido esclarecimento e até de maneira equivocada em alguns veículos de comunicação de grande repercussão.
Para evitar confusão e deturpação daquilo que o Espiritismo orienta como terapêutica trazemos a público, resumidamente, estas singelas explicações.
O primeiro conceito que nos cabe aqui é discernir Espiritismo de Espiritualismo. Allan Kardec criou o termo “Espiritismo” ou “Doutrina Espírita”, conforme descrito na introdução de “O Livro dos Espíritos” a primeira obra da codificação.
Portanto, só é considerada uma prática espírita, aquela que está em conformidade das orientações contidas nas obras de Allan Kardec.
Informa-nos o Codificador que para se designar coisas novas, são necessários termos novos. Logo, nem toda prática Espiritualista pode ou deve ser considerada Espírita propriamente dita.
Quanto à capacidade de “cura”, Kardec fala-nos claramente acerca dos médiuns que têm esta faculdade em o Livro dos Médiuns, no item 175: “ ... é o que tem o dom de curar por um simples toque, pelo olhar, mesmo por um simples gesto”.
E ainda nesse sentido, Kardec nos orienta quanto à “faculdade de curar” no livro A Gênese, item 34 do Cap. XIV, que “...curar instantaneamente, pela imposição das mãos, (...) e? mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional.”
Deixando claro que não existe a menor necessidade de “cirurgias” no corpo físico ou perispiritual por ação do médium. Nossa irmã recentemente desencarnada Marlene Nobre (ex-presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil) é clara ao dizer que: “nos centros espíritas que verdadeiramente estudam Kardec as pessoas não têm o aparato das cirurgias espirituais... que é preferível a FLUIDOTERAPIA”.
Esta terapêutica Espírita, como também nos informa Divaldo Pereira Franco, (referência do movimento espírita na atualidade) resume-se na aplicação do Passe e oferecimento da água magnetizada ou fluidificada, quando necessário.
O referido médium, apoiado pela orientação do Espírito André Luiz (mesmo autor do livro Nosso Lar) orienta que o médium de cura ou passista, deve abster-se de manifestações mediúnicas (manifestação de espírito) no momento do passe, orientação esta encontrada na obra Conduta Espírita.
Portanto, sempre que a metodologia do tratamento espiritual diverge do supracitado, entenda-se que não se trata de um tratamento espírita e sim espiritualista. Faz-se mister também esclarecer que a terapêutica Espírita é complementar e não alternativa. Colabora com as ciências médicas, e nunca às substitui.
Ensina-nos o Espiritismo que as causas de nossas aflições residem em nós mesmo e que estamos todos sujeitos à lei de causa e efeito, colhendo o que plantamos.
Todos os recursos necessários para nos curarmos, se encontram dentro de nós. Os Espíritos nada mais são que nós homens, despidos do corpo e não têm poder nenhum perante as Leis Divinas. Se curam é porque Deus o permite. Motivo pelo qual não devemos endeusá-los como fizeram os antigos povos pagãos e gentios idólatras.
A tua FÉ te curou. Que a paz de Nosso Mestre Jesus continue em todos!
Gustavo Ramalho (Colaborador da Aliança Municipal Espírita)
Contato: ramalho1857@gmail.com
Fonte:http://www.jornalcorreiodacidade.com.br/noticias/7928-a-cura-espirita
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