Casa Mental (Do livro: No Mundo Maior - André Luiz - Chico Xavier)

No capítulo 3, intitulado “A casa Mental”, numa colônia ou plano bem próximo da crosta terrestre, André Luiz na companhia do espírito Calderaro, observa o cérebro de um desencarnado.

(…) Calderaro indicou-lhe a medula espinhal e continuou:

__ Creio ociosa qualquer alusão aos trabalhos primordiais do nosso longo drama de vida evolutiva. Desde a ameba, na tépida água do mar, até o homem, vimos lutando, aprendendo e selecionando invariavelmente. Para adquirir movimento e músculos, faculdades e raciocínios, experimentamos a vida e por ela fomos experimentados, milhares de anos. As páginas da sabedoria hinduísta são escritos de ontem, e Boa Nova de Jesus Cristo é matéria de hoje, comparados aos milênios vividos por nós, na jornada progressiva.

__ No sistema nervoso, temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das atividades subconscientes; figuremo-lo como sendo o porão da individualidade, onde arquivamos todas as experiências e registramos os menores fatos da vida. Na região do córtex motor, zona intermediária entre os lobos frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações imprescindíveis no atual momento evolutivo do nosso modo de ser. Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem materiais de ordem sublime, que conquistaremos gradualmente, no esforço de ascensão, representando a parte mais nobre de nosso organismo divino em evolução.

— Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no primeiro situamos a «residência de nossos impulsos automáticos», simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados; no segundo localizamos o «domicílio das conquistas atuais», onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro, temos a «casa das noções superiores», indicando as eminências que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o automatismo; no outro residem o esforço e a vontade; e no último demoram o ideal e a meta superior a ser alcançada. Distribuímos, deste modo, nos três andares, o subconsciente, o consciente e o superconsciente. Como vemos, possuímos, em nós mesmos, o passado, o presente e o futuro.

André Luiz;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier;
Do livro: No Mundo Maior.




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