Herdeiros do Novo Mundo (Espírito Lucius)

Sob os auspícios de Bezerra, os amigos espirituais puderam vislumbrar o panorama penoso que espera pelos HERDEIROS DO MUNDO NOVO, no orbe inferior para onde serão enviados os alunos reprovados no exame final deste período da Escola.

Todavia, com as lições deixadas por Jesus, devidamente meditadas e colocadas em ação, todos podemos ainda nos candidatar a sermos HERDEIROS DO NOVO MUNDO aquele no qual a Terra vai sendo transformada pela modificação de seus moradores.

Todo este processo, previsto há milhares de séculos, vai sendo cumprido rigorosamente pelas Inteligências Superiores, que têm a função de serem auxiliares de Deus no cumprimento da Sua Vontade. 

Tanto que, com a clareza da linguagem moderna, despida de figuras e parábolas, o Consolador Prometido também veio para esclarecer sobre esse tema tão importante. Por isso, leitor (a) querido (a), medite nos ensinamentos espirituais contidos no Capítulo XVIII da obra A GÊNESE, de Allan Kardec, aqui parcialmente transcritos e repetidos como em DESPEDINDO-SE DA TERRA, a fim de que sua compreensão se amplie e que, com base nisso, seus esforços como trabalhador do Bem se multipliquem: 

27. – Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade. 

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. 

Tudo, pois, se processará exteriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tomarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem. 

Muito menos, pois se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as coisas, quando declarava: «Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido.» Assim, decepcionados ficarão os que esperarem ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos. 

28. - A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares. 

Têm ideias e pontos de vista opostos às duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém, sobretudo das disposições intuitivas e inatas, toma-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. 

Cabendo-lhe fundar a era, do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração. 

O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifratemos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza. 

Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contato com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperam que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores. 

29. - Não se deve entender que, por meio dessa emigração de Espíritos, sejam expulsos da Terra e relegados para mundos inferiores todos os Espíritos retardatários. Muitos, ao contrário, aí voltarão, porquanto muitos há que o são porque cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo. Nesses, a casca é pior do que o cerne. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos prejuízos do mundo corporal, eles, em sua maioria, verão as coisas de maneira inteiramente diversa daquela por que as viam quando em vida, conforme os múltiplos casos que conhecemos. Para isso, têm a auxiliá-los Espíritos benévolos que por eles se f interessam e se dão pressa em esclarecê-los e em lhes mostrar quão falso era o caminho que seguiam. Nós mesmos, pelas nossas preces e exortações, podemos concorrer para que eles se melhorem, visto que entre mortos e vivos há perpétua solidariedade. 

É muito simples o modo por que se opera a transformação, sendo, como se vê, todo ele de ordem moral, sem se afastar em nada das leis da Natureza. 

33. – A regeneração da Humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; são, com frequência, os mesmos Espíritos, mas pensando e sentindo de outra maneira. 

Quando insulado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque, então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as ideias de um povo ou de uma raça. 

É o que quase sempre se nota depois dos grandes choques que dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o movimento de vaivém entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por conseguinte, o movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados. É de notar-se que, em todas as épocas da História, às grandes crises sociais se seguiu uma era de progresso. 

34. - Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão dos novos germens. São as folhas que caem no outono e às quais sucedem outras folhas cheias de vida, porquanto a Humanidade tem suas estações, como os indivíduos têm suas várias idades. As folhas mortas da Humanidade caem batidas pelas rajadas e pelos golpes de vento, porém, para renascerem mais vivazes sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica. 

35. - Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades carentes de compensação, sem resultados aproveitáveis, pois que, na opinião deles, os aludidos flagelos aniquilam os seres para sempre. Para aquele, porém, que sabe que a morte unicamente destrói o envoltório, tais flagelos não acarretam as mesmas consequências e não lhe causam o mínimo pavor; ele lhes compreende o objetivo e não ignora que os homens não perdem mais por morrerem juntos, do que por morrerem isolados, dado que, de uma forma ou de outra, a isso hão de todos sempre chegar. 

Os incrédulos rirão destas coisas e as qualificarão de quiméricas; mas, digam o que disserem, não fugirão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, que lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! Viverão, no entanto, a despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir os olhos.” 

Como você pôde perceber, todas as forças do Universo trabalham para que a maior parte dos alunos saiba como se preparar adequadamente para os exames finais. 

Não seja indiferente a tudo isto. 

Certamente, você pode não acreditar. No entanto, o que será de você quando se der conta de que tudo isto, realmente, é um fato inderrogável? 

Não se esqueça de que as portas da Arca estão sendo fechadas. Não se esqueça de que um astro diferente já está nas lentes dos telescópios humanos, filmado e fotografado em sua aproximação. 

Rápido… acelere seus esforços! Onde quer que você esteja, em qualquer lugar da Terra, sua vida pode produzir frutos doces da Bondade. 

Mas se, por não ser espírita ou acreditar nas orientações espirituais, você não estiver inclinado a fazer algo em seu próprio benefício, se não desejar ajudar o semelhante, se não tiver interesse em praticar a caridade verdadeira, se não estiver ainda disposto a perdoar ou pedir perdão, confiante de que todos estes alertas são palavras vãs de entidades ilusórias, reflita na última revelação que lhe transmitimos, com a qual terminamos esta obra e que simboliza mais um esforço dos que o amam para ajudá-lo no despertar das virtudes que Deus colocou dentro de você. 

Não foi a Doutrina Espírita ou o fanatismo de ignorantes quem inventou estes conceitos. 

Do alto do Monte, alguém nos aconselhou a que estivéssemos incluídos dentre os HERDEIROS DO NOVO MUNDO, quando nos disse:

BEM-AVENTURADOS OS MANSOS, PORQUE ELES HERDARÃO A TERRA! Jesus!

Livro Herdeiros do Novo Mundo, cap. 44, Espírito Lucius – psicografia de André Luiz Ruiz. 



2 comentários:

  1. Interessante. Traz una perspectiva de que vivemos momentos turbulentos, de muita desigualdade (interpretação minha), mas que tempos melhores nos virão. Provavelmente não no curto espaço de uma encarnação com a nossa atual, mas a evolução material e moral coletiva é natural.

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  2. Sendo a mansidão o passaporte para o Novo Mundo, a desesperança pode ser a ferramenta que reflete a realidade diante das ações de determinados grupos sociais. Mas é preciso confiar nos propósitos do Mestre Jesus.

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