Culpas e resgates dolorosos do homem espiritual (Emmanuel - A Caminho da Luz)

Ao coração misericordioso de Jesus chegam as preces dolorosas de todos os operários da sua bendita semeadura. 

Seu olhar percuciente, todavia, penetrara o âmago das almas e não fora em vão que recomendara o crescimento do trigo e do joio nas mesmas leiras, somente a Ele competindo a separação, na época da ceifa.

A limitada liberdade de ação dos indivíduos e das coletividades é integralmente respeitada.

Cada qual é responsável pelos seus atos, recebendo de conformidade com as suas obras.

Foi por isso que Roma teve oportunidade de realizar seus propósitos e desígnios políticos; mas a Justiça Divina acompanhou-lhe todos os passos, nos enormes desvios a que se conduziu, comprometendo para sempre o futuro do homem espiritual, que somente agora conhecerá um reajustamento nas amargurosas transições do século que passa. 

Um laço pesado e tenebroso reuniu a cidade conquistadora aos povos que humilhara. O ódio do verdugo e dos seus inimigos fundiu-se em séculos de provações e de lutas expiatórias, para demonstrar que Jesus é o fundamento da Verdade e só o amor é a sagrada finalidade da vida. 

Foi por essa razão que o conquistador e os conquistados, unidos pelo ódio como 
calcetas algemados um ao outro nas galés da amargura, compareceram periodicamente, nos Espaços, ante a misericórdia suprema do Filho de Deus, prometendo a reparação e o resgate recíprocos, nos séculos do porvir, fundando a civilização ocidental, como abençoada oficina dos seus novos trabalhos no esforço da fraternidade e da regeneração.

A bondade do Mestre fez florescer cidades valorosas e progressistas, países cultos e fartos, onde as almas decaídas encontrassem todos os elementos de edificação e aprimoramento. 

O homem físico continuou a linha ascensional de sua evolução nas conquistas e descobrimentos, mas o homem transcendente, a personalidade imortal, teria saído do oceano de lodo onde se mergulhou, voluntariamente, há dois milênios? 

Respondam por nós as angustiosas expectativas da hora presente.

Emmanuel;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier;
Do livro: A Caminho da Luz.




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