Doentes e Doenças (Joanna de Ângelis)

“Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem”. (Mateus 15:11.)

Por enquanto, estamos todos doentes, conduzindo conosco doenças aflitivas que nos apraz cultivar.

Doentes - porque, perseverando no egoísmo, mantemos os germes destruidores que se chamam ira, vaidade, paixão...

Doentes - porque nos comprazemos, quando feridos, em também ferir; angustiados, desferir dardos de mau humor; aflitos, espalhar inquietações.

Doentes - porque clareados pela fé nobre e pura, racional e dinâmica a espraiar-se da Doutrina Espírita, povoamos a mente de sonhos ilusórios e esquecemos os deveres primaciais da sublimação interior com o firme propósito de melhoria incessante.

Doentes - porque conservamos azedume, cultivamos maledicências, atendemos apelos pouco dignificantes.

Doentes - porque não sabemos, enfermos e ignorantes que somos, aproveitar o tempo de que dispomos, valorizando as oportunidades que nos são oferecidas.

Portamos doenças, sim, de variada nomenclatura, porque:

Amando - impomos condições ao amor;

Amados - contaminamos de aflições quem nos ama;

Servindo - desejamos servir como nos agrada;

Servidos - alegamos ineficiência do serviço;

Alegres - esperamos que todos se alegrem conosco;

Tristes - gostamos que os demais participem da nossa tristeza, normalmente injustificável;

e, nas alegrias e tristezas, de outrem, atribuímo-nos o direito de “viver a própria vida”.

Somos espíritos doentes em tratamento difícil, por agradar-nos a condição de infelicidade que nos é a tônica favorita.

Todavia, Jesus é o Médico Divino e a Sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.

Se, entretanto, no tumulto em que nos afligimos, houvermos perdido os ouvidos para escutá-Lo ou o paladar para o pão dos seus ensinos, busquemos um rochedo solitário, longe das atribulações, no centro de uma ilha, e façamo-nos receptivos.

Tal rochedo e tal ilha são a prece e a meditação ao alcance de todos.

Lá, o Esculápio Celeste dir-nos-á outra vez, com a mesma segurança de outrora: “Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes”. (Marcos Cap. XI,v. 24).

Joanna de Ângelis;
Psicografia: Divaldo Pereira Franco;
Do livro: Lampadário Espírita.




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