Indagas se a mente desencarnada pode adoecer... Que pergunta!
• Cuidas que a maldade deliberada não seja moléstia da alma?
• Que o ódio não constitua morbo terrível?
• Supões, porventura, não haja "vermes mentais" da tristeza e da inconformação?
Embora tenhamos a felicidade de agir num corpo mais sutil e mais leve, graças à natureza de nossos pensamentos e aspirações, já distantes das zonas grosseiras da vida que deixamos, não possuímos ainda o cérebro dos anjos.
• Constitui-nos incessante trabalho a conservação de nossa forma atual, a caminho de conquistas mais alcandoradas;
• não podemos descansar nos processos iluminativos;
• cumpre-nos purificar sempre, selecionar pendores e joeirar concepções, de molde a não interromper a marcha.
Milhões vivem aqui, na posição em que nos achamos, mas outros milhões permanecem na carne ou em nossas linhas mais baixas de evolução, sob o guante de atroz demência. É para esses que devemos cogitar da patologia do espírito, socorrendo os mais infelizes e interferindo fraternal e indiretamente na solução de problemas escabrosos em cujos fios negros se enredam. São duendes em desespero, vítimas de si mesmos, em terrível colheita de espinhos e desilusões. O corpo perispiritual humano, vaso de nossas manifestações, é, por ora, a nossa mais alta conquista na Terra, no capítulo das formas.
• Para as almas esclarecidas, já iluminadas de redentora luz, representa ele uma ponte para o campo superior da vida eterna, ainda não atingido por nós mesmos;
• para os espíritos vulgares, é a restrição indispensável e justa;
• para as consciências culpadas, é cadeia intraduzível, pois, além do mais, registra os erros cometidos, guardando-os com todas as particularidades vivas dos negros momentos da queda.
O gênero de vida de cada um, no invólucro carnal, determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso. Ora, o cérebro é o instrumento que traduz a mente, manancial de nossos pensamentos. Através dele, pois, unimo-nos à luz ou à treva, ao bem ou ao mal.
André Luiz
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