Biografia: Deolindo Amorim (1906 - 1984)

Deolindo Amorim

Nasceu a 23 de janeiro de 1906, em Baixada Grande, na velha Bahia.

Desencarnou a 24 de abril de 1984, no Rio de Janeiro.

Foi para o Rio de Janeiro em 1929, para prestar o serviço militar obrigatório e aí ficou residindo em definitivo, casando-se com dona Delta dos Santos Amorim, sua dedicada companheira, de cujo enlace nasceram Paulo Henrique S. Amorim, Rosa Maria A. R. Valle e Marília dos Santos Amorim. 

De religião católica, em certa época professou também o protestantismo, mas integrando-se por volta de 1932, em reuniões do C. E. Jorge Niemeyer, no Espiritismo, serviu com inexcedível dedicação, com total fidelidade a Allan Kardec, tornando-se ao longo dos anos um intérprete fiel da Doutrina Consoladora.

Expositor hábil, lúcido e convincente, proferiu inúmeras palestras e conferências, uma delas sobre o "Suicídio à Luz do Espiritismo" no Instituto Pinel (Hospital de Doentes Mentais), da Universidade do Brasil, levando, assim, as ideias espíritas ao ambiente universitário não-espírita.

Era jornalista, escritor, erudito conferencista, sócio remido da ABI, Presidente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil e presidente de honra da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas.

Estampou colaboração constante em diversos órgãos do Brasil e do exterior, tendo sido também redator de Mundo Espírita (antigamente no Rio e posteriormente transferido para o Paraná) e de Estudos Psíquicos, revista que se edita em Lisboa (Portugal).

Deolindo Amorim fez do Rio de Janeiro o grande celeiro da cultura do país centro de irradiação da Doutrina Espírita. Deixou a todos nós uma lacuna dificilmente preenchível e uma saudade imorredoura.

Suas obras espíritas merecem ser lidas e relidas. Citaremos algumas:

Africanismo e Espiritismo (com uma edição na Argentina);

O Espiritismo e os Problemas Humanos (com uma edição na Argentina);

Espiritismo à Luz da Crítica;

Espiritismo e Criminologia;

O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualista;

Espiritismo à Luz da Crítica.

Deolindo Amorim foi um intelectual que se dedicou ao Espiritismo, que assimilou a Doutrina integrando-se na mundividência espírita.

Deolindo Amorim privou da amizade de grandes vultos do Espiritismo no Brasil e no exterior, como, por exemplo, Carlos Imbassahy, Leopoldo Machado, Herculano Pires, Leôncio Correia e Humberto Mariotti.

Foi um dos mais ardorosos defensores das obras codificadas por Allan Kardec e profundo admirador de Léon Denis.

Levou o Espiritismo ao meio universitário, proferindo bela conferência no Instituto Pinel da Universidade do Brasil, focalizando o tema: "O Suicídio á luz do Espiritismo".

Conseguiu que se instalasse o Primeiro Congresso de Jornalistas e Escritores Espíritas.

Agia sempre e invariavelmente de forma conciliadora, ponderada, não atacando ninguém, expondo o Espiritismo sem deformações, extasiando a todos com sua didática exemplar.

Embora enfermo, bastante debilitado ante a enfermidade que o acometia, não interrompeu totalmente, nos últimos meses, suas atividades de jornalista e grande conferencista.

Deixou viúva sua amorável companheira Delta dos Santos Amorim e três filhos

Seu corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista. Cerca de 750 pessoas compareceram aos funerais. O Dr. Américo de Oliveira Borges, presidente da ABRAJEE, exaltou e ressaltou saltou a figura ímpar do homem, do espírita e do Amigo que regressava a Espiritualidade.

Fonte: Autores Espíritas Clássicos 

Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo




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