O Valor da Mediunidade

A tese exposta por Dr. Bezerra é muito clara: os chamados excessos mediúnicos não são da responsabilidade das sessões, mas da desinformação dos experimentadores e das pessoas que se aventuram nas suas realizações, desarmadas do conhecimento doutrinário e da vivência de suas execuções.

Nunca, asseverou Dr. Bezerra, estarão ultrapassadas as realizações mediúnicas de proveito incontestável, além do poder que exercem para fazer novos adeptos que então passam a interessar-se pelo estudo da Doutrina e seu aprofundamento. O Mentor examinou, por fim, argumento de que as sessões afetam pessoas portadoras de desequilíbrios nas áreas mental e emocional, o que, para ele, não tem qualquer fundamento.

Em primeiro lugar, porque tais pessoas não devem ter participação direta na reunião; e depois, porque essas criaturas podem ser beneficiadas a distância, sem participarem fisicamente das sessões. Em seguida, após afirmar que o conhecimento, a preparação doutrinária e as condições morais dos participantes da sessão são os fatores predominantes para a obtenção dos resultados, o Mentor concluiu:

"Respeitamos todas as criaturas nos degraus em que estagiam, no seu processo de evolução espiritual. Entretanto, valorizamos os trabalhadores anônimos da mediunidade, os que foram os círculos espirituais de assistência aos desencarnados e de intercâmbio conosco pelo sacrifício, abnegação e fidelidade com que se dedicam ao fanal da consolação e da caridade que flui e reflui nas sessões mediúnicas de todas as expressões sérias: de "curas" ou fluidoterapia, de desobsessão, de desenvolvimento ou de educação da mediunidade, de materialização com objetivos sérios e superiores, favorecendo o exercício das várias faculdades mediúnicas para a edificação e vivência do bem..

Esses trabalhadores incompreendidos, muitas vezes afadigados, estão cooperando eficazmente, no esquecimento a que muitos os relegam, com os Benfeitores da Humanidade na construção do Mundo Novo de amanhã pelo qual todos anelamos". (Cap. 16, pp. 120  a 122)

Manoel Philomeno de Miranda;
Divaldo Pereira Franco;
Do Livro: Nas Fronteiras da Loucura.

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