Bipolaridade

Bezerra de Menezes diz que é lamentável que persista a distância entre a terapia psiquiátrica e a psico-terapêutica espiritual. Isso porque em muitos casos tem redundado infrutíferos, senão perniciosos, os tratamentos à base dos derivados de barbitúricos, quanto do eletrochoque.

Do ponto de vista psiquiátrico, discute-se que a causa se encontre nos genes, transmitida hereditariamente de uma para outra geração, sendo, em consequência, uma fatalidade inditosa e irremissível para os descendentes de portadores da mesma enfermidade, especialmente nas vítimas da chamada convergência hereditária.

Afirma-se, dentro dessa colocação, que o desvio patológico exagerado da forma de ser ciclóide, somado a uma formação física pícnica, na qual estão presentes as forças predominantes das glândulas viscerais encarregadas da determinação do humor, faz-se responsável pelo quadro da bipolaridade. É exatamente, dizem, esta constituição ciclóide que oferece os meios próprios para a irrupção deste transtorno, tornando-se, desta forma, o indutor hereditário.

Asseveram outros estudiosos que a bipolaridade resulta de alterações endócrinas, particularmente nos quadros das manias e melancolias. Ainda diversos psiquiatras acreditam como fatores predominantes as variações do quimismo orgânico.

As contribuições psicológicas também são relevantes, procurando as causas dessa alienação na prevalência das reações do êxito e do insucesso.

Os conceitos psicanalíticos se referem a traumatismos morais, respondendo pelos choques impostos ao narcisismo, facultando o eclodir da distonia.

Espiritualmente, entretanto, os sintomas são consequências de causas remotas que os produziram ao império da atual reencarnação. 

Manoel Philomeno de Miranda;
Médium: Divaldo Franco; Do livro: Nas Fronteiras da Loucura.

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