Se te julgas Cristão

Com que estranho propósito tu te comprazes em maldizer teu irmão? 

Se te incomodas com que ele erre, por que não te dás pressa em ajudá-lo para que ele se corrija? 

Não deixa de ser grande fraqueza tua esse zelo com que buscas denunciar as fraquezas de teu próximo.

Ademais, será realmente crime aquilo que condenas em teu irmão? 

Quem sabe se, aos teus olhos, o crime não é senão aquilo que fere teu orgulho, tua vaidade, teu egoísmo, tuas conveniências, enfim? 


Quantos não têm sido condenados como criminosos só por se haverem feito apóstolos de um nobre ideal! 

Não é essa a história de Sócrates, de Cristo, de Joana d`Arc, de Giordano Bruno e de tantos outros cujo nome aquela mesma humanidade, que os levou ao martírio, hoje venera e respeita?

Suponhamos, no entanto, que teu irmão haja incorrido merecidamente em tua condenação.

Que pois, então se te dá fazer? Condená-lo? 

Mas, como ousas arrogar-te o direito de julgar teu irmão, se és tão falível quanto ele? Se queres sinceramente que ele se corrija, comece por corrigir-te a ti mesmo. 

Não há argumento mais persuasivo do que o bom exemplo.

Sabes que Cristianismo é escola de renovação. Mas, não penses que é renovação só para os outros...

Rubens C. Romanelli

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