Biografia: Olímpia Belém

Olímpia Gomes de Souza Belém (1880 – 1969)

Nasceu em Muriaé - MG, em 20 de julho de 1880.

Estudou no Colégio Americano Metodista, na cidade de Juiz de Fora - MG, onde foi aluna dedicada extremamente aos estudos e à observância dos preceitos da Igreja Luterana, religião de seus pais.

Casou-se em 7 de maio de 1897 com Olindo Belém, jovem artista arrojado e pioneiro de numerosas iniciativas. Tiveram 15 filhos, 12 dos quais criaram-se e constituíram famílias todos vindo mais tarde a se tornarem espíritas.

Em constantes mudanças de domicílio, estabeleceram-se definitivamente na cidade do Rio de Janeiro.

Com a desencarnação de sua filha Oraiza, ela que já havia então tomado conhecimento da Doutrina Espírita, através dos livros da Codificação, teve sua mediunidade desabrochada e passou a receber comunicações de sua filha. Procurou o Centro Espírita Cristófilo, onde Porfírio Bezerra desenvolvia um trabalho doutrinário invulgar.

Nessa Instituição, Olímpia sentiu verdadeira inclinação para o Espiritismo. Portadora de mediunidade excepcional, dedicou-se com afinco na tarefa de amparo aos doentes e necessitados. Passaram a chamá-la carinhosamente de Dona Nena, na intimidade.

Seu trabalho de assistência social impulsionou-a para uma situação de relevo, tornando-se grande benfeitora da infância desvalida e da pobreza envergonhada, verdadeira missionária colocada a serviço do Cristo.

Seu trabalho expandiu-se sobremodo, e então era requisitada para proferir palestras e conferências em muitos Centros Espíritas. Passou a escrever para numerosos órgãos da imprensa espírita brasileira.

Poetiza, produziu grande número de poesias e sonetos. Deixou, ainda, quatro livros, dentre eles dois romances: "Jerusa" e "Dolória".

Fundou, no Bairro da Tijuca, o Centro Espírita Discípulos de Jesus, pelo qual passaram espíritas eminentes, como João Torres, Arthur Machado, Esmeralda Bittencourt e outros.

Em 18 de janeiro de 1937, fundou a obra assistencial de amparo à menina órfã e abandonada, a cuja tarefa Olímpia Belém dedicou todo o restante de sua vida.

Alguns dias antes de desencarnar, escreveu suas últimas quadrinhas:

Ao mundo vim para sofrer
Só vivo carpindo a dor,
Mas me valerá morrer,
Em pura missão de amor!
Amor, que me santifica,
Embora a outros contriste,
A dor que me purifica,
Para muitos não existe.

Olímpia Belém desencarnou em 26 de agosto de 1969, na cidade do Rio e Janeiro, com 89 anos.  

Fonte: autoresespiritasclassicos.com



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