A vida em si é conjunto divino de experiências.
Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de
novos conhecimentos.
A aquisição de valores religiosos, entretanto, é a
mais importante de todas, em virtude de constituir o movimento de
iluminação definitiva da alma para Deus.
Os homens, contudo, estendem a esse departamento divino a
sua viciação de sentimentos, no jogo inferior dos interesses
egoísticos.
Os templos de pedra estão cheios de promessas injustificáveis e de votos absurdos.
Muitos devotos entendem encontrar na Divina Providência
uma força subornável, eivada de privilégios e preferências. Outros se
socorrem do plano espiritual com o propósito de solucionar problemas
mesquinhos.
Esquecem-se de que o Cristo ensinou e exemplificou.
A cruz do Calvário é símbolo vivo.
Quem deseja a liberdade precisa obedecer aos desígnios
supremos. Sem a compreensão de Jesus, no campo íntimo, associada aos
atos de cada dia, a alma será sempre a prisioneira de inferiores
preocupações.
Ninguém olvide a verdade de que o Cristo se encontra no
umbral de todos os templos religiosos do mundo, perguntando, com
interesse, aos que entram: "Que buscais?"
Francisco Cândido Xavier.
Caminho, Verdade e Vida.
Pelo Espírito Emmanuel.
28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 22.