Humildade e simpatia mostradas pelo Papa conquistam líderes de outras religiões
Hilka Telles
Rio - A simpatia e a humildade, demonstradas pelo Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude têm criado admiradores num amplo espectro religioso. Judeus, espíritas kardecistas, adeptos da umbanda e do candomblé e fiéis da Assembleia de Deus, por exemplo, fazem coro ao elogiar o evento que dominou a cidade desde segunda-feira e ao reconhecer a liderança do Santo Padre.
Hilka Telles
Rio - A simpatia e a humildade, demonstradas pelo Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude têm criado admiradores num amplo espectro religioso. Judeus, espíritas kardecistas, adeptos da umbanda e do candomblé e fiéis da Assembleia de Deus, por exemplo, fazem coro ao elogiar o evento que dominou a cidade desde segunda-feira e ao reconhecer a liderança do Santo Padre.
Antônio César Perri de Carvalho, presidente da Federação Espírita Brasileira, é um dos que aprovaram a postura de Francisco. Para ele, a vinda do Papa teve o objetivo nobre de estabelecer contato com a juventude e estimular valores assentados na moral cristã.
Ele avalia que movimentos como a Jornada, que visam ao fortalecimento da família e da ética, com base no cristianismo, merecem apoio. “A própria figura do Papa estimula a simpatia e a simplicidade, facilitando a aproximação e a boa convivência entre as religiões”.
Além da humildade e da simpatia do Pontífice, foram elogiadas sua defesa da família e de valores comuns a todas as religiões, como a solidariedade Foto: João Laet / Agência O Dia
O entusiasmo dos kardecistas foi tanto que Carvalho enviou mensagem ao presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Raymundo Damasceno, elogiando a Jornada e a vinda do Papa. “Ele respondeu, agradecendo”, disse Carvalho.
Presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro, Jayme Salim Salomão traçou paralelo entre as duas religiões. “Tanto a Jornada quanto a vinda do Papa são muito positivas. Todos estamos trabalhando por um mundo melhor, e esse encontro é a tentativa de aproximar as pessoas. Família e ética são valores muito enraizados nas religiões judaica e a católica”.
Destaque também para a fé dos jovens
O pastor Isaías Coimbra, da Convenção Geral da Assembleias de Deus, disse ter ficado feliz com o evento. “É bom ver jovens tão fervorosos a ponto de passar frio, pegar chuva, vindos de todos os cantos do mundo para participar desse encontro ordeiro”.
Ele considerou a Jornada boa para a família, os jovens e a sociedade. “Não é a nossa igreja, mas a gente fica feliz de ver a juventude engajada na religiosidade”, afirmou.
Para o presidente da Federação Brasileira de Umbanda e Candomblé, Manoel Alves de Souza, mais importante que a religião é a religiosidade de cada um. Ela disse que o Papa representa Jesus Cristo, que está em todas as religiões. “A Igreja Católica foi muito feliz na escolha do Papa, pelo ser humano que demonstra ser, que preza a simplicidade e a humildade”.
Pastor batista critica a Igreja (*)
A única voz que não se rasgou em elogios ao Papa Francisco foi a do pastor João Soares da Fonseca, da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, no bairro do Estácio.
“Do ponto de vista social e cultural, a Jornada da Juventude e a visita do Papa são um grande movimento. E a presença de várias nacionalidades, sem dúvida, é um fator a ser elogiado”, admitiu o religioso.
Em seguida, Fonseca mostrou-se crítico. “Mas não podemos concordar com a questão doutrinária em si, porque a Igreja Católica se distanciou do modelo bíblico dado por Jesus. Portanto, minha avaliação é de que se trata de um grande movimento, mas que não altera a nossa visão da realidade”, alfinetou o pastor.
Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/jornadamundialdajuventude/2013-07-28/uma-aprovacao-ecumenica.html.
(*) Ressaltamos que a crítica do pastor, mencionada na matéria acima, não representa a opinião de todos os pastores da Igreja Batista.
O entusiasmo dos kardecistas foi tanto que Carvalho enviou mensagem ao presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Raymundo Damasceno, elogiando a Jornada e a vinda do Papa. “Ele respondeu, agradecendo”, disse Carvalho.
Presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro, Jayme Salim Salomão traçou paralelo entre as duas religiões. “Tanto a Jornada quanto a vinda do Papa são muito positivas. Todos estamos trabalhando por um mundo melhor, e esse encontro é a tentativa de aproximar as pessoas. Família e ética são valores muito enraizados nas religiões judaica e a católica”.
Destaque também para a fé dos jovens
O pastor Isaías Coimbra, da Convenção Geral da Assembleias de Deus, disse ter ficado feliz com o evento. “É bom ver jovens tão fervorosos a ponto de passar frio, pegar chuva, vindos de todos os cantos do mundo para participar desse encontro ordeiro”.
Ele considerou a Jornada boa para a família, os jovens e a sociedade. “Não é a nossa igreja, mas a gente fica feliz de ver a juventude engajada na religiosidade”, afirmou.
Para o presidente da Federação Brasileira de Umbanda e Candomblé, Manoel Alves de Souza, mais importante que a religião é a religiosidade de cada um. Ela disse que o Papa representa Jesus Cristo, que está em todas as religiões. “A Igreja Católica foi muito feliz na escolha do Papa, pelo ser humano que demonstra ser, que preza a simplicidade e a humildade”.
Pastor batista critica a Igreja (*)
A única voz que não se rasgou em elogios ao Papa Francisco foi a do pastor João Soares da Fonseca, da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, no bairro do Estácio.
“Do ponto de vista social e cultural, a Jornada da Juventude e a visita do Papa são um grande movimento. E a presença de várias nacionalidades, sem dúvida, é um fator a ser elogiado”, admitiu o religioso.
Em seguida, Fonseca mostrou-se crítico. “Mas não podemos concordar com a questão doutrinária em si, porque a Igreja Católica se distanciou do modelo bíblico dado por Jesus. Portanto, minha avaliação é de que se trata de um grande movimento, mas que não altera a nossa visão da realidade”, alfinetou o pastor.
Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/jornadamundialdajuventude/2013-07-28/uma-aprovacao-ecumenica.html.
(*) Ressaltamos que a crítica do pastor, mencionada na matéria acima, não representa a opinião de todos os pastores da Igreja Batista.