A Vida não cessa.
A Vida é fonte eterna.
A morte um jogo das ilusões.
Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.
Uma existência é um ato,
Um corpo, uma veste,
Um século, um dia.
Um serviço, uma experiência.
Um triunfo, uma aquisição.
Uma morte, um sopro renovador.
Quantas existências,
Quantos corpos,
Quantos séculos,
Quantos serviços,
Quantos triunfos,
Quantas mortes necessitamos ainda?
Ó amigos da Terra, quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do coração!
Acendei as vossas luzes antes de atravessar a grande sombra.
Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda.
Suai agora para não chorardes depois.
A vida não cessa e a morte é um jogo escuro de ilusões.
Fechar os olhos do corpo não decide os nossos destinos.
É preciso navegar no próprio drama ou na própria comédia.
Mas não vou sofrer com a ideia da eternidade, é sempre tempo de recomeçar.
André Luiz;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier;
Do livro: Nosso Lar.
