(Texto de 2005, porém nunca foi tão atual)
O objetivo central da política é a obtenção do bem comum. O bem comum é “um conjunto de condições concretas que permite a todos os membros de uma comunidade atingir um nível de vida à altura da dignidade humana”.
Esta
dignidade refere-se tanto às coisas materiais quanto às espirituais.
Depreende-se que todo o cidadão deve ter liberdade de exercer uma
profissão e aderir a qualquer culto religioso. Diz-se, também, que
almejar o bem comum é proporcionar a felicidade natural a todos os
habitantes de uma comunidade.
A corrupção, ou seja, o pagamento de propina para obter vantagens, quer sejam de ordem financeira ou tráfico de influência, deteriora a obtenção do bem comum, pois algumas pessoas estão sendo lesadas para que outras obtenham vantagens.
A corrupção, ou seja, o pagamento de propina para obter vantagens, quer sejam de ordem financeira ou tráfico de influência, deteriora a obtenção do bem comum, pois algumas pessoas estão sendo lesadas para que outras obtenham vantagens.
Lembremo-nos
de que “o poder pode corromper”. Significa dizer que muitas vezes
estaremos próximos a
algum tipo de corrupção, e eticamente falando, o problema maior não está
não a corrupção em si, mas no desejo ou não de se envolver com ela.
No Brasil, estamos assistindo uma enxurrada de denúncias, que vão desde o chamado caixa 2 de campanha política, até a compra de votos para aprovar projetos importantes na área governamental.
Diante deste fato, pergunta-se: que tipo de subsídio o Espiritismo nos
fornece para a compreensão dessa situação? Em O Evangelho Segundo o
Espiritismo há alusão aos escândalos. Primeiramente, Jesus nos fala dos
escândalos e que estes deverão vir, mas “Ai do mundo por causa dos
escândalos; pois é necessário que venham escândalos; mas, ai do homem
por quem o escândalo venha”.
O
escândalo significa mau exemplo, princípios falsos e abuso do poder.
Ele deve ser sempre considerado do lado positivo, ou seja, como um
estímulo para que o ser humano combata em si mesmo o orgulho, o egoísmo e
a vaidade.
Lembremo-nos também da frase: “Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; - pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente”. (S. Lucas, cap. VIII, vv. 16 e 17.).
Lembremo-nos também da frase: “Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; - pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente”. (S. Lucas, cap. VIII, vv. 16 e 17.).
A
verdade, assim, não pode ficar oculta para sempre. Deduz-se que aquele
que não soube fazer esforços para se pautar corretamente no bem, sofrerá
as conseqüências de suas ações.
O Espiritismo auxiliará eficazmente as resoluções de ordem política, porque propõe substituirmos os impulsos antigos do egoísmo pelos da fraternidade universal. Allan Kardec propõe, em Obras Póstumas, o regime político que deverá vigorar no futuro, ou seja, a aristocracia intelecto-moral.
O Espiritismo auxiliará eficazmente as resoluções de ordem política, porque propõe substituirmos os impulsos antigos do egoísmo pelos da fraternidade universal. Allan Kardec propõe, em Obras Póstumas, o regime político que deverá vigorar no futuro, ou seja, a aristocracia intelecto-moral.
Aristocracia
- do grego aristos (melhor) e cracia (poder) significa poder dos
melhores. Poder dos melhores pressupõe que os governantes tenham dado
uma direção moral às suas inteligências.
Somente quando o poder da inteligência for banhado pelo poder moral e ético é que conseguiremos atingir um mundo mais justo e mais de acordo com o bem comum, pois os que governam propiciarão sob todos os meios possíveis a felicidade da maioria.
Autor: Sérgio Biagi Gregório
São Paulo, agosto de 2005.
Somente quando o poder da inteligência for banhado pelo poder moral e ético é que conseguiremos atingir um mundo mais justo e mais de acordo com o bem comum, pois os que governam propiciarão sob todos os meios possíveis a felicidade da maioria.
Autor: Sérgio Biagi Gregório
São Paulo, agosto de 2005.
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