José Martins Peralva Sobrinho (1918 - 2007) Estudando a mediunidade, Estudando o Evangelho, O pensamento de Emmanuel, Mediunidade e evolução, publicados pela Federação Espírita Brasileira e Mensageiros do Bem, pela União Espírita Mineira, são obras de autoria de José Martins Peralva Sobrinho e figuram na bibliografia de livros espíritas mais conhecidos e estudados.
O autor tornou-se um dos nomes de expressão nas lides espíritas mineiras, embora fosse ele originário da cidade de Buquim, no sul de Sergipe.
Martins Peralva, como muitos o chamavam, nasceu em 1 de abril de 1918, filho do casal Basílio Martins Peralva e Etelvina da Fonseca Peralva, e foi no próprio lar que se deram os seus primeiros contatos com a Doutrina codificada por Allan Kardec.
Desde os 6 anos de idade, acompanhava o pai, um espanhol que veio ainda garoto para o Brasil, nas atividades espíritas, inclusive nas de cura, uma vez que o senhor Basílio era médium curador e graças a essa faculdade pôde ajudar no restabelecimento da saúde de muitos.
A morte do pai levou-o a assumir, de forma prematura, responsabilidades de adulto. Quando conseguiu o seu primeiro emprego, como balconista de padaria, tinha apenas 13 anos e era o mais novo da família.
Foi assim, que, juntamente com o irmão mais velho, Edison, de 15 anos, que também conseguiu se empregar, passou a colaborar na manutenção do lar, sobre cujo teto humilde viviam além deles, sua mãe Etelvina, a Dona Teté, e a irmã Eurídice.
Martins Peralva trocou a padaria pelas papeladas de um cartório, onde foi trabalhar como office-boy. Depois conseguiu uma vaga como apontador de construção do Grupo Escolar Senador Leandro Massiel, na cidade do Rosário do Catete, tendo, em função de suas obrigações, que passar a semana (de segunda à sexta) afastado da mãe e dos irmãos, mas ficando sob o teto da família do encarregado da obra.
Outra oportunidade lhe surgiu, novamente como apontador, só que desta vez na conservação de estradas de rodagens, ficando responsável pelo trecho Aracaju - Socorro - São Cristóvão. Por conta disso, tinha que percorrer diariamente de caminhão, cerca de 80 quilômetros (ida e volta), saindo de casa de madrugada e só voltando à noitinha.
Terminada a estrada, o apontador Martins Peralva ingressou na construção do prédio do Tesouro do Estado de Sergipe, trabalhando depois como fiscal de construções, reformas e limpezas de casas.
Aprovado num concurso deixou o campo de obras e foi para a Prefeitura Municipal de Aracaju, onde ocupou o cargo de escriturário, depois, de oficial administrativo e assistente da Procuradoria da Fazenda Municipal.
Casou-se em agosto de 1942 com Jupira Silveira, sua grande companheira, que viria a desencarnar em 15 de julho de 2003. E com ela teve três filhos: Ieda, nascida em Aracaju; e Basílio e Alcione, nascidos em Belo Horizonte, os quais lhe deram cinco netos e quatro bisnetos.
Devido à competência e à amizade que granjeou no ambiente de trabalho, foi nomeado secretário particular dos prefeitos Carlos Firpo e José Garcez, e até a sua aposentadoria, em função de problemas pulmonares, continuou servindo os prefeitos seguintes na condição de oficial de gabinete.
Como espírita, sua trajetória não foi menos profícua. Presidiu a União Espírita Sergipana, foi membro do Conselho Geral e secretário do Abrigo Jesus, sócio-efetivo do Hospital Espírita André Luiz e segundo secretário do Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, aproveitando ainda as horas vagas para abastecer a imprensa espírita e não-espírita com seus artigos doutrinários.
Martins Peralva conciliava ainda a essas tarefas uma outra paixão, o gramado.
Aos 25 anos, ao mesmo tempo em que presidia a União Espírita Sergipana, defendia no campo as cores do Paulistano Futebol Clube em Aracaju SE.
E chegou a ser árbitro de futebol e esportes náuticos, diretor do Tribunal de Justiça Desportiva e redator esportivo do Correio de Aracaju, jornal onde também assinava artigos sobre Espiritismo, poesia, política, entre outros assuntos.
A motivação para ir para a capital mineira ocorreu por volta de 1949 não só por questões de saúde, mas também após uma visita ao médium Chico Xavier, de quem era profundo admirador e tornou-se amigo pessoal.
Seu ingresso na carreira bancária se deu em 1950, quando entrou para o Banco Financial da Produção S/A, em Belo Horizonte, onde, por 35 anos, atuou ainda como gerente dos Bancos Belo Horizonte, Irmãos Guimarães, União Comercial, Itaú e Progresso, aposentando-se em 1985, pelo INSS.
Após participar do Centro Espírita Célia Xavier, por 15 anos, fixou-se, em 1964, na União Espírita Mineira, onde exerceu, ao longo do tempo, diversos cargos, dentre os quais: primeiro secretário, vice-presidente, diretor do Departamento de Doutrina e Divulgação.e Presidente substituto de Dona Neném Aluotto por motivos de saúde.
Como escritor e jornalista, ficou também conhecido pelos artigos espíritas que publicava no Jornal "O Estado de Minas". Pertenceu à Associação Sergipana de Imprensa, era associado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e à Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas (Abrajee), hoje Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (Abrade).
José Martins Peralva Sobrinho desencarnou às 21h30minutos do dia 3 de setembro de 2007, aos 89 anos, depois de longa enfermidade. O sepultamento do seu corpo ocorreu no dia seguinte, às 14h, no Cemitério da Colina, na capital mineira.
Fonte: autoresespiritasclassicos.com
O autor tornou-se um dos nomes de expressão nas lides espíritas mineiras, embora fosse ele originário da cidade de Buquim, no sul de Sergipe.
Martins Peralva, como muitos o chamavam, nasceu em 1 de abril de 1918, filho do casal Basílio Martins Peralva e Etelvina da Fonseca Peralva, e foi no próprio lar que se deram os seus primeiros contatos com a Doutrina codificada por Allan Kardec.
Desde os 6 anos de idade, acompanhava o pai, um espanhol que veio ainda garoto para o Brasil, nas atividades espíritas, inclusive nas de cura, uma vez que o senhor Basílio era médium curador e graças a essa faculdade pôde ajudar no restabelecimento da saúde de muitos.
A morte do pai levou-o a assumir, de forma prematura, responsabilidades de adulto. Quando conseguiu o seu primeiro emprego, como balconista de padaria, tinha apenas 13 anos e era o mais novo da família.
Foi assim, que, juntamente com o irmão mais velho, Edison, de 15 anos, que também conseguiu se empregar, passou a colaborar na manutenção do lar, sobre cujo teto humilde viviam além deles, sua mãe Etelvina, a Dona Teté, e a irmã Eurídice.
Martins Peralva trocou a padaria pelas papeladas de um cartório, onde foi trabalhar como office-boy. Depois conseguiu uma vaga como apontador de construção do Grupo Escolar Senador Leandro Massiel, na cidade do Rosário do Catete, tendo, em função de suas obrigações, que passar a semana (de segunda à sexta) afastado da mãe e dos irmãos, mas ficando sob o teto da família do encarregado da obra.
Outra oportunidade lhe surgiu, novamente como apontador, só que desta vez na conservação de estradas de rodagens, ficando responsável pelo trecho Aracaju - Socorro - São Cristóvão. Por conta disso, tinha que percorrer diariamente de caminhão, cerca de 80 quilômetros (ida e volta), saindo de casa de madrugada e só voltando à noitinha.
Terminada a estrada, o apontador Martins Peralva ingressou na construção do prédio do Tesouro do Estado de Sergipe, trabalhando depois como fiscal de construções, reformas e limpezas de casas.
Aprovado num concurso deixou o campo de obras e foi para a Prefeitura Municipal de Aracaju, onde ocupou o cargo de escriturário, depois, de oficial administrativo e assistente da Procuradoria da Fazenda Municipal.
Casou-se em agosto de 1942 com Jupira Silveira, sua grande companheira, que viria a desencarnar em 15 de julho de 2003. E com ela teve três filhos: Ieda, nascida em Aracaju; e Basílio e Alcione, nascidos em Belo Horizonte, os quais lhe deram cinco netos e quatro bisnetos.
Devido à competência e à amizade que granjeou no ambiente de trabalho, foi nomeado secretário particular dos prefeitos Carlos Firpo e José Garcez, e até a sua aposentadoria, em função de problemas pulmonares, continuou servindo os prefeitos seguintes na condição de oficial de gabinete.
Como espírita, sua trajetória não foi menos profícua. Presidiu a União Espírita Sergipana, foi membro do Conselho Geral e secretário do Abrigo Jesus, sócio-efetivo do Hospital Espírita André Luiz e segundo secretário do Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, aproveitando ainda as horas vagas para abastecer a imprensa espírita e não-espírita com seus artigos doutrinários.
Martins Peralva conciliava ainda a essas tarefas uma outra paixão, o gramado.
Aos 25 anos, ao mesmo tempo em que presidia a União Espírita Sergipana, defendia no campo as cores do Paulistano Futebol Clube em Aracaju SE.
E chegou a ser árbitro de futebol e esportes náuticos, diretor do Tribunal de Justiça Desportiva e redator esportivo do Correio de Aracaju, jornal onde também assinava artigos sobre Espiritismo, poesia, política, entre outros assuntos.
A motivação para ir para a capital mineira ocorreu por volta de 1949 não só por questões de saúde, mas também após uma visita ao médium Chico Xavier, de quem era profundo admirador e tornou-se amigo pessoal.
Seu ingresso na carreira bancária se deu em 1950, quando entrou para o Banco Financial da Produção S/A, em Belo Horizonte, onde, por 35 anos, atuou ainda como gerente dos Bancos Belo Horizonte, Irmãos Guimarães, União Comercial, Itaú e Progresso, aposentando-se em 1985, pelo INSS.
Após participar do Centro Espírita Célia Xavier, por 15 anos, fixou-se, em 1964, na União Espírita Mineira, onde exerceu, ao longo do tempo, diversos cargos, dentre os quais: primeiro secretário, vice-presidente, diretor do Departamento de Doutrina e Divulgação.e Presidente substituto de Dona Neném Aluotto por motivos de saúde.
Como escritor e jornalista, ficou também conhecido pelos artigos espíritas que publicava no Jornal "O Estado de Minas". Pertenceu à Associação Sergipana de Imprensa, era associado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e à Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas (Abrajee), hoje Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (Abrade).
José Martins Peralva Sobrinho desencarnou às 21h30minutos do dia 3 de setembro de 2007, aos 89 anos, depois de longa enfermidade. O sepultamento do seu corpo ocorreu no dia seguinte, às 14h, no Cemitério da Colina, na capital mineira.
Fonte: autoresespiritasclassicos.com