1-
Como explicar as dificuldades e obstáculos na vida amorosa, maiores
para uns, menores para outros?
Problemas amorosos,
carência afetiva, solidão, decorrem geralmente da maneira como
administramos nossas emoções e de nossa contribuição em favor de uma
convivência ajustada para feliz.
2- O
problema não pode estar relacionado com vidas anteriores?
As
generalizações nos afastam da realidade. Há o chamado carma, mas na
maior parte das vezes a origem está em nossa maneira de ser. Uma jovem
extremamente possessiva, que controla todos os passos do namorado e
exige atenção plena transforma-se num tormento para ele. Tenderá a
ficar para "titia", não por destino mas por desatino.
3- O
encontro de sua "metade", como sonham as jovens casadouras, não é
dificultado pela falta de atrativos físicos?
A
beleza física é mera carta de apresentação, logo relegada ao arquivo
das coisas sem importância.
4- O
que pesaria, então, favorecendo uma ligação afetiva?
O
desempenho, a maneira como nos relacionamos com as pessoas e
particularmente com possíveis parceiros de experiências afetivas.
5-
Como fica a ideia de que o casamento é planejado na Espiritualidade?
Subordinado ao livre-arbítrio, casamento não é fatalidade. Tanto podem
não se consumar os que foram planejados, quanto podem ocorrer sem
planejamento algum.
6-
Como o Espiritismo vê os trabalhos espirituais encomendados por
pessoas no sentido de alcançar a felicidade de uma realização afetiva?
A
felicidade não é uma mercadoria que se possa encomendar nesse mercado
de ilusões que são os sortilégios de amor.
7- E
quanto às práticas sugeridas nesses "consultórios do Além"?
Somente a ingenuidade humana pode alimentar a ideia de que a submissão
a determinadas práticas ritualísticas ou cabalísticas vai resolver
problemas cuja solução pede o concurso do tempo e a adesão aos valores
do bem.
8-
Que dizer àqueles que, sem encontrar seu parceiro, sofrem solidão?
Será
que podemos relacionar a solidão com a ausência de alguém? Não seria
mais razoável relacioná-la com nossa ausência na vida social?
Perguntemos a uma Madre Tereza de Calcutá, a um Chico Xavier, a um
Divaldo Franco, se se sentem solitários. Quem trabalha pelo
semelhante, exercitando a suprema realização - doar-se em favor dos
aflitos e sofredores de todos os matizes - não tem espaço interior
para a solidão.
Richard Simonetti
Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo