A sua missão na Terra foi das mais completas. Ele atuou no campo da imprensa escrita e falada, escreveu e publicou livros, proferiu palestras e conferências e, acima de tudo, soube exemplificar tudo aquilo que ensinava, pois, a caridade presidia sempre seus atos.
Aos 17 anos de idade trabalhou como prático de farmácia. Procurando emprego, ficou sabendo que em Matão não havia farmácia e nem outra infraestrutura, tratou logo de montar uma, denominando-a Farmácia Schutel.
Adentrou no campo da política, fez de Matão um município, assumiu a prefeitura em 28.05.1899. Inaugurou um programa de desenvolvimento, fazendo com que a cidade progredisse. Era um administrador na verdadeira acepção da palavra. Era humanitário, probo, patriota.
Suspirou em conhecer algo novo, o espiritismo, possuía um amigo que fazia algumas sessões, mas que estava desanimado com as solicitações dos espíritos: queriam lhe pedir missas. Mas caírbar convenceu-o a realizar uma sessão para que ele pudesse conhecer. Seu amigo Calixto concordou e assim se comunicaram muitos espíritos e finalmente ocorreu uma importante e decisiva comunicação atribuída ao espírito de D. Pedro II, último imperador do Brasil. Tratava-se de mensagem de alto nível. Esse acontecimento fez com que caírbar no dia seguinte solicitasse urgente o Evangelho Segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Aprofundou-se nos estudos, analisou e comparou com outras religiões. Ele fez dos ensinamentos da Doutrina Espírita a sua norma de conduta, compreendia que essa doutrina é a caridade em ação. Foram inumeráveis os atos humanísticos que o apóstolo de Matão praticou, tornando-se um paradigma para os espíritas do futuro. Ele tornou-se a personificação da caridade para todos que buscavam, sequiosos de esclarecimentos para a alma e de alívio para os problemas do corpo. Fundou em 15/07/1905 o "Centro Espírita Amantes da Pobreza".
Foi perseguido pelo clero, mas não deixou-se abater, lutou para que seu Centro Espírita continuasse funcionando.
Cairbar Schutel era a caridade em ação. Em sua residência, na farmácia, no Centro Espírita, ou em outro lugar onde se achasse, praticava atos altruísticos sempre que necessários. Chegou a merecer o cognome de "pai da pobreza" ou "pai dos pobres de Matão". O preceito cristão "amai ao vosso próximo como a vós mesmos" havia sido assimilado por ele em toda a sua plenitude. Sua inteligência era grande, mas maior era seu coração. Os próprios adversários do espiritismo não tinham coragem de atacá-lo, tão grande era a sua projeção moral. E a grandeza da sua dedicação fazia que o estimassem, cheios de respeito.
Lançou em 15.08.1905, o primeiro número do jornal O Clarim, um cometimento arrojado na época. Abriu uma Editora onde passou a imprimir o Clarim, os próprios livros e de outros autores. Em 15/02/1925 lançou a Revista Internacional de Espiritismo. Em 1936 fez um programa radiofônico espírita pela Rádio Cultura de Araraquara, PRD-4. Agigantou-se e projetou-se como um dos mais lídimos missionários da Terceira Revelação.
São muitos os livros publicados: "Espiritismo e Protestantismo (1911)"; "Histeria e Fenômenos Psíquicos (1911)"; "O Diabo e a Igreja (1914)"; "Espiritismo para as Crianças (1918)"; "Interpretação Sintética do Apocalipse (1918)"; "Médiuns e Mediunidade (1923)"; "Gênese da Alma (1924)"; "Materialismo e Espiritismo (1925)"; "Fatos Espíritas e as Forças X... (1926)”; Parábolas e Ensinos de Jesus (1928)"; "O Espírito do Cristianismo (1930)"; "A Vida no Outro Mundo (1932)"; "Vida e Atos dos Apóstolos (1933)"; "Livro de Preces (1936)"; "Conferência Radiofônicas (1937)", além de Cartas a Esmo e uma obra intitulada "O Batismo".
Era homem de fé, contou um amigo o seguinte caso: "Estando o Sr. Schutel atendendo a uma criança pobre, já com aspecto cadavérico, tal o estado de desidratação, pediu-me um vidro com água destilada e nele pingou gotas de homeopatia, entregando depois o vidro à mãe e dando-lhe instruções sobre a alimentação do bebê. Eu então perguntei ao Sr. caírbar: - Mas esse remédio vai curar essa criança? E ele respondeu: Esse remédio vai ajudar muito, mas o que cura virá lá de cima, por isso, quando você manipular qualquer medicamento, tenha o pensamento voltado para o Pai celestial, pois é de lá que vem a cura".
Divulgava o espiritismo e promovia intenso e persistente combate aos falsos cristãos.
Leopoldo Machado, em seu livro "Uma Grande Vida", discorre a personalidade de Schutel: "Irradiava simpatias. Sua presença era um dínamo de animação e entusiasmo. Dir-se-ia que perto dele, amava-se o trabalho não pelo próprio trabalho, mas pelos exemplos de caírbar; que se amava o sofrimento para imitá-lo. Amava-se a verdade e a sabedoria para seguí-lo. É que ele, sempre animadoramente, dava, como os recursos materiais de que dispunha, o coração, a inteligência, mandava-se a seu contacto. Os pobres sentiam-se menos pobres, perante seu grande amigo. Os ignorantes sempre tinham o que aprender. Os deserdados da sorte podiam contar com um inimigo. Os indecisos com a decisão firme, com exemplos fortes de perseverança e fé".
Aos 69 anos já era conhecido como um dos mais respeitáveis espíritas do Brasil e internacionalmente.
Já acamado em 1938 e com muita confiança num espírito conhecido por "pai João", e este havia-lhe assegurado que até o último Domingo de janeiro ele ficaria curado. O velho seareiro, no entanto, estava mais propenso a acreditar que a tal prometida cura seria o seu desenlace. E assim aconteceu.
O corpo do seareiro já estava na urna funerária, quando o Espírito Cairbar fez o médium sentir suas influências de modo muito mais intenso. Nova hesitação, mas o Espírito impediu-o com veemência e de forma irresistível, e deste modo, diante de seu próprio corpo, o Espírito desencarnado teceu belíssima dissertação sobre a imortalidade da alma, deixando bem claro que a alma não se encerra no túmulo. A comunicação espiritual representou verdadeiro bálsamo suavizador para todos os presentes.
Cairbar colocava acima de tudo os superiores interesses da Doutrina Espírita, por isso chegou a dizer certa vez a José da Costa Filho, referindo-se aos seus bens materiais. "Se for preciso venderei tudo isto para dar continuidade ao trabalho de divulgação do Espiritismo".
Foi na realidade uma grande vida.
Aos 17 anos de idade trabalhou como prático de farmácia. Procurando emprego, ficou sabendo que em Matão não havia farmácia e nem outra infraestrutura, tratou logo de montar uma, denominando-a Farmácia Schutel.
Adentrou no campo da política, fez de Matão um município, assumiu a prefeitura em 28.05.1899. Inaugurou um programa de desenvolvimento, fazendo com que a cidade progredisse. Era um administrador na verdadeira acepção da palavra. Era humanitário, probo, patriota.
Suspirou em conhecer algo novo, o espiritismo, possuía um amigo que fazia algumas sessões, mas que estava desanimado com as solicitações dos espíritos: queriam lhe pedir missas. Mas caírbar convenceu-o a realizar uma sessão para que ele pudesse conhecer. Seu amigo Calixto concordou e assim se comunicaram muitos espíritos e finalmente ocorreu uma importante e decisiva comunicação atribuída ao espírito de D. Pedro II, último imperador do Brasil. Tratava-se de mensagem de alto nível. Esse acontecimento fez com que caírbar no dia seguinte solicitasse urgente o Evangelho Segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos de Allan Kardec. Aprofundou-se nos estudos, analisou e comparou com outras religiões. Ele fez dos ensinamentos da Doutrina Espírita a sua norma de conduta, compreendia que essa doutrina é a caridade em ação. Foram inumeráveis os atos humanísticos que o apóstolo de Matão praticou, tornando-se um paradigma para os espíritas do futuro. Ele tornou-se a personificação da caridade para todos que buscavam, sequiosos de esclarecimentos para a alma e de alívio para os problemas do corpo. Fundou em 15/07/1905 o "Centro Espírita Amantes da Pobreza".
Foi perseguido pelo clero, mas não deixou-se abater, lutou para que seu Centro Espírita continuasse funcionando.
Cairbar Schutel era a caridade em ação. Em sua residência, na farmácia, no Centro Espírita, ou em outro lugar onde se achasse, praticava atos altruísticos sempre que necessários. Chegou a merecer o cognome de "pai da pobreza" ou "pai dos pobres de Matão". O preceito cristão "amai ao vosso próximo como a vós mesmos" havia sido assimilado por ele em toda a sua plenitude. Sua inteligência era grande, mas maior era seu coração. Os próprios adversários do espiritismo não tinham coragem de atacá-lo, tão grande era a sua projeção moral. E a grandeza da sua dedicação fazia que o estimassem, cheios de respeito.
Lançou em 15.08.1905, o primeiro número do jornal O Clarim, um cometimento arrojado na época. Abriu uma Editora onde passou a imprimir o Clarim, os próprios livros e de outros autores. Em 15/02/1925 lançou a Revista Internacional de Espiritismo. Em 1936 fez um programa radiofônico espírita pela Rádio Cultura de Araraquara, PRD-4. Agigantou-se e projetou-se como um dos mais lídimos missionários da Terceira Revelação.
São muitos os livros publicados: "Espiritismo e Protestantismo (1911)"; "Histeria e Fenômenos Psíquicos (1911)"; "O Diabo e a Igreja (1914)"; "Espiritismo para as Crianças (1918)"; "Interpretação Sintética do Apocalipse (1918)"; "Médiuns e Mediunidade (1923)"; "Gênese da Alma (1924)"; "Materialismo e Espiritismo (1925)"; "Fatos Espíritas e as Forças X... (1926)”; Parábolas e Ensinos de Jesus (1928)"; "O Espírito do Cristianismo (1930)"; "A Vida no Outro Mundo (1932)"; "Vida e Atos dos Apóstolos (1933)"; "Livro de Preces (1936)"; "Conferência Radiofônicas (1937)", além de Cartas a Esmo e uma obra intitulada "O Batismo".
Era homem de fé, contou um amigo o seguinte caso: "Estando o Sr. Schutel atendendo a uma criança pobre, já com aspecto cadavérico, tal o estado de desidratação, pediu-me um vidro com água destilada e nele pingou gotas de homeopatia, entregando depois o vidro à mãe e dando-lhe instruções sobre a alimentação do bebê. Eu então perguntei ao Sr. caírbar: - Mas esse remédio vai curar essa criança? E ele respondeu: Esse remédio vai ajudar muito, mas o que cura virá lá de cima, por isso, quando você manipular qualquer medicamento, tenha o pensamento voltado para o Pai celestial, pois é de lá que vem a cura".
Divulgava o espiritismo e promovia intenso e persistente combate aos falsos cristãos.
Leopoldo Machado, em seu livro "Uma Grande Vida", discorre a personalidade de Schutel: "Irradiava simpatias. Sua presença era um dínamo de animação e entusiasmo. Dir-se-ia que perto dele, amava-se o trabalho não pelo próprio trabalho, mas pelos exemplos de caírbar; que se amava o sofrimento para imitá-lo. Amava-se a verdade e a sabedoria para seguí-lo. É que ele, sempre animadoramente, dava, como os recursos materiais de que dispunha, o coração, a inteligência, mandava-se a seu contacto. Os pobres sentiam-se menos pobres, perante seu grande amigo. Os ignorantes sempre tinham o que aprender. Os deserdados da sorte podiam contar com um inimigo. Os indecisos com a decisão firme, com exemplos fortes de perseverança e fé".
Aos 69 anos já era conhecido como um dos mais respeitáveis espíritas do Brasil e internacionalmente.
Já acamado em 1938 e com muita confiança num espírito conhecido por "pai João", e este havia-lhe assegurado que até o último Domingo de janeiro ele ficaria curado. O velho seareiro, no entanto, estava mais propenso a acreditar que a tal prometida cura seria o seu desenlace. E assim aconteceu.
O corpo do seareiro já estava na urna funerária, quando o Espírito Cairbar fez o médium sentir suas influências de modo muito mais intenso. Nova hesitação, mas o Espírito impediu-o com veemência e de forma irresistível, e deste modo, diante de seu próprio corpo, o Espírito desencarnado teceu belíssima dissertação sobre a imortalidade da alma, deixando bem claro que a alma não se encerra no túmulo. A comunicação espiritual representou verdadeiro bálsamo suavizador para todos os presentes.
Cairbar colocava acima de tudo os superiores interesses da Doutrina Espírita, por isso chegou a dizer certa vez a José da Costa Filho, referindo-se aos seus bens materiais. "Se for preciso venderei tudo isto para dar continuidade ao trabalho de divulgação do Espiritismo".
Foi na realidade uma grande vida.