Pode-se dizer que o perispírito e o corpo físico possuem origens diferentes?
O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma.
Também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível.
No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes. (A Gênese, cap. XIV, item 7. Allan Kardec)
Quais as funções do perispírito?
O perispírito, catalisador das energias divinas, que assimila, é encarregado de transmitir e plasmar no corpo as ordens da mente e que procedem do Espírito.
Arquivo das experiências multifárias das reencarnações, impõe, na aparelhagem física, desde a concepção, mediante metabolismo psíquico muito complexo e sutil, as limitações, coerções, punições, ou faculta amplitude de recursos físicos e mentais, conforme as ações do estágio anterior, na carne, em que o Espírito se acumpliciou com o erro ou se levantou com a dignificação.
Interferindo decisivamente no comportamento hereditário, não apenas modela a forma de que se revestirá o Espírito, desde o embrião que se lhe amolda completamente como reproduzindo as expressões fisionômicas e anatômicas, quando da desencarnação.
Graças às moléculas de que se forma, responde pelas alterações da aparelhagem fisiopsíquica, no campo das necessidades reparadoras que a Lei impõe aos Espíritos calcetas.
É o responsável pela irradiação da energia dos trilhões de corpúsculos celulares – essas pequenas usinas que se aglutinam ao império das radiações que lhes impõem a gravitação harmônica, na aparelhagem que constitui os diversos órgãos cuja forma e anatomia lhe pertencem, cabendo às células apenas o seu revestimento -, exteriorizando a aura e podendo, em condições especiais, modelar à distância o duplo etéreo, tornando-o tangível.
Graças à sua complexidade, conserva intacta a individualidade através da esteira das reencarnações, e se faz responsável pela transmissão ao Espírito das sensações que o corpo experimenta, como ao corpo em forma das emoções procedentes das sedes do Espírito, em perfeito entrosamento de energias entre os centros vitais ou de força, que controlam a aparelhagem fisiológica e psicológica e as reações somáticas, que lhes exteriorizam os efeitos do intercâmbio.
Nele estão sediadas as gêneses patológicas de distúrbios dolorosos, quais a esquizofrenia, a epilepsia, o câncer de variada etiologia, o pênfigo... que em momento próprio favorece a sintonia com microorganismos que se multiplicam desordenadamente e tomam de assalto o campo físico ou através de sintonias próprias, ensejando a aceleração das perturbações psíquicas de largo porte.
Em todo processo teratológico [relativo às monstruosidades] os fatores causais lhe pertencem. E, num vasto campo de problemas emocionais como fisiológicos, as síndromes procedem das tecelagens muito delicadas de sua ação dinâmica, poderosa. (Estudos Espíritas, pág. 41 e 42. Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
Existe relação possível entre o perispírito e os centros vitais ou chakras?
Desde épocas imemoriais, a filosofia hindu, estudando as suas manifestações no ser reencarnado, relacionou-o com os CHAKRAS ou centros vitais que se encontram em perfeito comando dos órgãos fundamentais da vida, espalhados na fisiologia somática, a saber: CORONÁRIO, também identificado como a “flor de mil pétalas”, que assimila as energias divinas e comanda todos os demais, instalado na parte central do cérebro, qual santuário da vida superior – sede da mente -, responsável pelos processos da razão, da morfologia, do metabolismo geral, da estabilidade emocional e funcional da alma no caminho evolutivo; CEREBRAL ou FRONTAL, que se encarrega do sistema endocrínico, do sistema nervoso e do córtice cerebral, respondendo pela transformação dos neuroblastos em neurônios e comandando desde os neurônios às células efetoras.
LARÍNGEO, que controla os fenômenos da respiração e da fonação; CARDÍACO, que responde pela aparelhagem circulatória e pelo sistema emocional, sediado entre o esterno e o coração; ESPLÊNICO, que se responsabiliza pelo labor da aparelhagem hemática, controlando o surgimento e morte das hemácias, volume e atividade, na manutenção da vida; GÁSTRICO, que conduz a digestão, assimilação e eliminação dos alimentos encarregados da manutenção do corpo; GENÉSICO, que dirige o santuário da reprodução e engendra recursos para o perfeito entrosamento dos seres na construção dos ideais de engrandecimento e beleza em que se movimenta a Humanidade.
Incorporando experiências novas e eliminando expressões primitivas, é o fator essencial para o intercâmbio medianímico entre encarnados e desencarnados. (Estudos Espíritas, pág. 43. Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
Pode-se afirmar que o perispírito seria um reflexo do corpo físico?
Para definirmos de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação.
Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja.
Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência.
Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta. (Evolução em dois mundos, pág. 26. André Luiz/Chico Xavier)
Quais seriam as propriedades do perispírito?
Revestido o campo energético plasmador da forma por fluidos mais ou menos sutis, em consonância com o progresso alcançado pelo Espírito que dele se utiliza, o perispírito, nas suas atuações mais variadas, no terreno da vida, é portador de características próprias que o deixam melhor compreensível, em face de tudo quanto nele se observa. Estruturado ao largo dos milênios, desde os remotíssimos tempos do princípio anímico, acumulando experiências ao longo das eras, o perispírito vem refletindo a evolução lograda pelo Ser Inteligente, degrau a degrau.
Nessa longa marcha milenária, com o aprimoramento e a complexidade da natureza material, em virtude de ser subproduto do fluído cósmico, princípio material que tudo penetra, e da natureza espiritual pela quintessência, pela imponderabilidade que o assinala, demonstra umas tantas propriedades, importantíssimas, responsáveis por enorme gamade fenômenos de profundidade, inexplicados muitos, por causa da ignorância em torno delas. O perispírito apresenta-se como um corpo PENETRÁVEL e penetrante, ELÁSTICO, EMISSOR por excelência, PLÁSTICO, ABSORVENTE.
Sem embargo, é pela característica da penetrabilidade que esse envoltório do Espírito não encontra barreiras materiais que não possa ultrapassar, adentrando, assim, ambientes hermeticamente vedados, e, pela mesma razão, é atravessado sem dificuldades quaisquer em sua estrutura, pêlos corpos materiais. No aspecto da sua capacidade elástica, concebemos o porquê de estando o corpo em certo lugar, possa o Espírito deslocar-se, desprender-se, munido do seu corpo sutil, viajando para toda parte, por mais distante, quando, então, se caracterizam os fenômenos de desdobramentos, desprendimentos, conscientes ou não, dos indivíduos.
Na área da irradiação, energias emitidas pela alma sempre ativa, expandem-se em determinada região que a circunscreve, sofrendo a sua natural influência, mais ou menos ampla, de conformidade com o nível de desenvolvimento intelectual e moral dessa Inteligência. É graças à sua plasticidade, entretanto, que o corpo perispiritual logra ter modificadas as suas formas externas, consoante a ação do psiquismo da Entidade Espiritual. Convertem-se em figuras dantescas, mesmo irracionais, na hipantropia, na licantropia, ou noutra qualquer expressão zoantrópica, dentro dos estados da mente enferma e culpada, grotesca, liberada do corpo somático.
É, sem dúvida, em razão dessa peculiaridade que os Espíritos Nobres, que possuem méritos reconhecidos, podem mostrar-se no Além com formas joviais ou anciãs, externando aspectos variados de reencarnações próximas ou distanciadas, metamorfoseando-se de acordo com suas necessidades de trabalho ou dos desejos lúcidos. Através da capacidade absorsiva, o perispírito consegue assimilar essências materiais finas, fluídicas, encharcando-se com elas, ou penetrando-se de fluidos espirituais os mais diferenciados, que oferecem ao Espírito, temporariamente, certas sensações como se estivesse encarnado.
Não é por outra causa que Entidades desencarnadas, ainda em estágios grosseiros de evolução, exigem, dos que se põem em suas faixas vibratórias, comidas e bebidas para a sua satisfação pessoal, como recompensa ou pagamento pelas ajudas que prometem prestar. Outros irmãos do Além ordenam que se executem sacrifícios de animais, pedem flores e frutos frescos, ocasiões em que podem absorver dos alimentos e do plasma sangüíneo o fluido vital que, durante algum tempo, dão à Entidade desencarnada um tipo de nutrição que a faz sentir-se humanizada, gente outra vez... Isso lhe faculta mais fácil acesso às suas presas, aos obsessos, e àqueles mesmos que lhes fazem tais ofertas e atendem a essas exigências.
Necessário é que ninguém ignore que todos os que compartilham desses caprichos perniciosos de desencarnados exploradores, patrocinando-lhes esses "alimentos", são co-responsáveis pelos efeitos infelizes que daí advenham, respondendo cada um por seus atos, na relação direta da compreensão que tenham da vida e da virulência com que se hajam mancomunado a esses irmãos desditosos do Invisível.
Os Espíritos não comem, nem bebem, conforme o entendimento humano comum, por faltar-lhes a aparelhagem orgânica para isso. Não obstante, absorvem as essências finas que entretém a vitalidade e gozam os prazeres mais estranhos por meio dessas propriedades valiosas que, por enquanto, não sabem valorizar.
Esse corpo perispirítico, do qual tão pouco ainda se conhece no mundo, guarda em sua estrutura, curiosas, importantes e graves virtudes, graças às quais, um dia, o Espírito, livre e luminoso, alçará voos a mais vastos e altos céus, transformando-o em "veste nupcial" gloriosa, nos tempos felizes, quando o Espírito melhor identificar-se com o Cristo que, por agora, dormita em sua intimidade, despertando, gradualmente, para a definitiva comunhão com o pensamento do Criador. (Correnteza de Luz, pág. 21. J. Raul Teixeira)
O perispírito do reencarnante pode influenciar, de algum modo, na escolha do gameta masculino que fecundará o óvulo, por ocasião do processo de reencarnação?
Quando por ocasião da reencarnação o Espírito é encaminhado por necessidade evolutiva aos futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante, que naquele espermatozóide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter.
A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registros perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará.
Como é certo que, em casos especiais, há toda uma elaboração de programa para o reencarnante, na generalidade, os automatismos vibratórios das Leis de Causalidade respondem pela ocorrência, que jamais tem lugar ao acaso.
Todo elemento irradia vibrações que lhe tipificam a espécie e respondem pela sua constituição.
Espermatozóides e óvulos, em conseqüência, possuem campo de força específico, que propele os primeiros para o encontro com os últimos, facultando o surgimento da célula ovo.
Por sua vez, cada gameta exterioriza ondas que correspondem à sua fatalidade biológica, na programação genética de que se faz portador.
Desse modo, o perispírito do reencarnante sincroniza com a vibração do espermatozóide que possui a mesma carga vibratória, sobre ele incidindo e passando a plasmar no óvulo fecundado o corpo compatível com as necessidades evolutivas, como decorrência das catalogadas ações pretéritas. Equilíbrio da forma ou anomalia, habilidades e destreza, ou incapacidade, inteligência, memória e lucidez, ou imbecilidade, atraso mental, oligofrenia serão estabelecidos desde já pela incidência das conquistas espirituais sobre o embrião em desenvolvimento. (Temas da Vida e da Morte, pág. 36. Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. de Miranda)
Kardec também se referiu ao tema atração que se opera entre o Espírito reencarnante e o corpo físico em formação. Como ele menciona essa ligação e em que obra?
O Codificador tratou do assunto na obra A Gênese, mais especificamente no capítulo 11, item 18. Vejamos: “Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção.
À medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior.
Por um efeito contrário, a união do perispírito e da matéria carnal, que se efetuara sob a influência do princípio vital do gérmen, cessa, desde que esse princípio deixa de atuar, em consequência da desorganização do corpo. Mantida que era por uma força atuante, tal união se desfaz, logo que essa força deixa de atuar. Então, o perispírito se desprende, molécula a molécula, conforme se unira, e ao Espírito é restituída a liberdade. Assim, não é a partida do Espírito que causa a morte do corpo; esta é que determina a partida do Espírito.
Dado que, um instante após a morte, completa é a integração do Espírito; que suas faculdades adquirem até maior poder de penetração, ao passo que o princípio de vida se acha extinto no corpo, provado evidentemente fica que são distintos o princípio vital e o princípio espiritual.”
Existe relação entre a natureza do perispírito e o grau de adiantamento moral do Espírito?
A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu belprazer, pelo que não podem passar, à vontade, de um mundo para outro. Alguns há, portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável com relação à matéria tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo carnal, razão por que continuam a crer-se vivos. Esses Espíritos, cujo número é avultado, permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-se entregues às suas ocupações terrenas.
Outros um pouco mais desmaterializados não o são, contudo, suficientemente, para se elevarem acima das regiões terrestres.
Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Tiram dos elementos constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. Fazem como o nobre que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes plebeus, sem deixar por isso de ser nobre.
É assim que os Espíritos da categoria mais elevada podem manifestar-se aos habitantes da Terra ou encarnar em missão entre estes. Tais Espíritos trazem consigo, não o invólucro, mas a lembrança, por intuição, das regiões donde vieram e que, em pensamento, eles vêem. São videntes entre cegos. (A Gênese, cap. XIV, item 9. Allan Kardec)
Fonte:http://lespiritos.blogspot.com.br/2006/07/perisprito-q-93-95.html
O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma.
Também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível.
No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes. (A Gênese, cap. XIV, item 7. Allan Kardec)
Quais as funções do perispírito?
O perispírito, catalisador das energias divinas, que assimila, é encarregado de transmitir e plasmar no corpo as ordens da mente e que procedem do Espírito.
Arquivo das experiências multifárias das reencarnações, impõe, na aparelhagem física, desde a concepção, mediante metabolismo psíquico muito complexo e sutil, as limitações, coerções, punições, ou faculta amplitude de recursos físicos e mentais, conforme as ações do estágio anterior, na carne, em que o Espírito se acumpliciou com o erro ou se levantou com a dignificação.
Interferindo decisivamente no comportamento hereditário, não apenas modela a forma de que se revestirá o Espírito, desde o embrião que se lhe amolda completamente como reproduzindo as expressões fisionômicas e anatômicas, quando da desencarnação.
Graças às moléculas de que se forma, responde pelas alterações da aparelhagem fisiopsíquica, no campo das necessidades reparadoras que a Lei impõe aos Espíritos calcetas.
É o responsável pela irradiação da energia dos trilhões de corpúsculos celulares – essas pequenas usinas que se aglutinam ao império das radiações que lhes impõem a gravitação harmônica, na aparelhagem que constitui os diversos órgãos cuja forma e anatomia lhe pertencem, cabendo às células apenas o seu revestimento -, exteriorizando a aura e podendo, em condições especiais, modelar à distância o duplo etéreo, tornando-o tangível.
Graças à sua complexidade, conserva intacta a individualidade através da esteira das reencarnações, e se faz responsável pela transmissão ao Espírito das sensações que o corpo experimenta, como ao corpo em forma das emoções procedentes das sedes do Espírito, em perfeito entrosamento de energias entre os centros vitais ou de força, que controlam a aparelhagem fisiológica e psicológica e as reações somáticas, que lhes exteriorizam os efeitos do intercâmbio.
Nele estão sediadas as gêneses patológicas de distúrbios dolorosos, quais a esquizofrenia, a epilepsia, o câncer de variada etiologia, o pênfigo... que em momento próprio favorece a sintonia com microorganismos que se multiplicam desordenadamente e tomam de assalto o campo físico ou através de sintonias próprias, ensejando a aceleração das perturbações psíquicas de largo porte.
Em todo processo teratológico [relativo às monstruosidades] os fatores causais lhe pertencem. E, num vasto campo de problemas emocionais como fisiológicos, as síndromes procedem das tecelagens muito delicadas de sua ação dinâmica, poderosa. (Estudos Espíritas, pág. 41 e 42. Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
Existe relação possível entre o perispírito e os centros vitais ou chakras?
Desde épocas imemoriais, a filosofia hindu, estudando as suas manifestações no ser reencarnado, relacionou-o com os CHAKRAS ou centros vitais que se encontram em perfeito comando dos órgãos fundamentais da vida, espalhados na fisiologia somática, a saber: CORONÁRIO, também identificado como a “flor de mil pétalas”, que assimila as energias divinas e comanda todos os demais, instalado na parte central do cérebro, qual santuário da vida superior – sede da mente -, responsável pelos processos da razão, da morfologia, do metabolismo geral, da estabilidade emocional e funcional da alma no caminho evolutivo; CEREBRAL ou FRONTAL, que se encarrega do sistema endocrínico, do sistema nervoso e do córtice cerebral, respondendo pela transformação dos neuroblastos em neurônios e comandando desde os neurônios às células efetoras.
LARÍNGEO, que controla os fenômenos da respiração e da fonação; CARDÍACO, que responde pela aparelhagem circulatória e pelo sistema emocional, sediado entre o esterno e o coração; ESPLÊNICO, que se responsabiliza pelo labor da aparelhagem hemática, controlando o surgimento e morte das hemácias, volume e atividade, na manutenção da vida; GÁSTRICO, que conduz a digestão, assimilação e eliminação dos alimentos encarregados da manutenção do corpo; GENÉSICO, que dirige o santuário da reprodução e engendra recursos para o perfeito entrosamento dos seres na construção dos ideais de engrandecimento e beleza em que se movimenta a Humanidade.
Incorporando experiências novas e eliminando expressões primitivas, é o fator essencial para o intercâmbio medianímico entre encarnados e desencarnados. (Estudos Espíritas, pág. 43. Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
Pode-se afirmar que o perispírito seria um reflexo do corpo físico?
Para definirmos de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação.
Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja.
Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência.
Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta. (Evolução em dois mundos, pág. 26. André Luiz/Chico Xavier)
Quais seriam as propriedades do perispírito?
Revestido o campo energético plasmador da forma por fluidos mais ou menos sutis, em consonância com o progresso alcançado pelo Espírito que dele se utiliza, o perispírito, nas suas atuações mais variadas, no terreno da vida, é portador de características próprias que o deixam melhor compreensível, em face de tudo quanto nele se observa. Estruturado ao largo dos milênios, desde os remotíssimos tempos do princípio anímico, acumulando experiências ao longo das eras, o perispírito vem refletindo a evolução lograda pelo Ser Inteligente, degrau a degrau.
Nessa longa marcha milenária, com o aprimoramento e a complexidade da natureza material, em virtude de ser subproduto do fluído cósmico, princípio material que tudo penetra, e da natureza espiritual pela quintessência, pela imponderabilidade que o assinala, demonstra umas tantas propriedades, importantíssimas, responsáveis por enorme gamade fenômenos de profundidade, inexplicados muitos, por causa da ignorância em torno delas. O perispírito apresenta-se como um corpo PENETRÁVEL e penetrante, ELÁSTICO, EMISSOR por excelência, PLÁSTICO, ABSORVENTE.
Sem embargo, é pela característica da penetrabilidade que esse envoltório do Espírito não encontra barreiras materiais que não possa ultrapassar, adentrando, assim, ambientes hermeticamente vedados, e, pela mesma razão, é atravessado sem dificuldades quaisquer em sua estrutura, pêlos corpos materiais. No aspecto da sua capacidade elástica, concebemos o porquê de estando o corpo em certo lugar, possa o Espírito deslocar-se, desprender-se, munido do seu corpo sutil, viajando para toda parte, por mais distante, quando, então, se caracterizam os fenômenos de desdobramentos, desprendimentos, conscientes ou não, dos indivíduos.
Na área da irradiação, energias emitidas pela alma sempre ativa, expandem-se em determinada região que a circunscreve, sofrendo a sua natural influência, mais ou menos ampla, de conformidade com o nível de desenvolvimento intelectual e moral dessa Inteligência. É graças à sua plasticidade, entretanto, que o corpo perispiritual logra ter modificadas as suas formas externas, consoante a ação do psiquismo da Entidade Espiritual. Convertem-se em figuras dantescas, mesmo irracionais, na hipantropia, na licantropia, ou noutra qualquer expressão zoantrópica, dentro dos estados da mente enferma e culpada, grotesca, liberada do corpo somático.
É, sem dúvida, em razão dessa peculiaridade que os Espíritos Nobres, que possuem méritos reconhecidos, podem mostrar-se no Além com formas joviais ou anciãs, externando aspectos variados de reencarnações próximas ou distanciadas, metamorfoseando-se de acordo com suas necessidades de trabalho ou dos desejos lúcidos. Através da capacidade absorsiva, o perispírito consegue assimilar essências materiais finas, fluídicas, encharcando-se com elas, ou penetrando-se de fluidos espirituais os mais diferenciados, que oferecem ao Espírito, temporariamente, certas sensações como se estivesse encarnado.
Não é por outra causa que Entidades desencarnadas, ainda em estágios grosseiros de evolução, exigem, dos que se põem em suas faixas vibratórias, comidas e bebidas para a sua satisfação pessoal, como recompensa ou pagamento pelas ajudas que prometem prestar. Outros irmãos do Além ordenam que se executem sacrifícios de animais, pedem flores e frutos frescos, ocasiões em que podem absorver dos alimentos e do plasma sangüíneo o fluido vital que, durante algum tempo, dão à Entidade desencarnada um tipo de nutrição que a faz sentir-se humanizada, gente outra vez... Isso lhe faculta mais fácil acesso às suas presas, aos obsessos, e àqueles mesmos que lhes fazem tais ofertas e atendem a essas exigências.
Necessário é que ninguém ignore que todos os que compartilham desses caprichos perniciosos de desencarnados exploradores, patrocinando-lhes esses "alimentos", são co-responsáveis pelos efeitos infelizes que daí advenham, respondendo cada um por seus atos, na relação direta da compreensão que tenham da vida e da virulência com que se hajam mancomunado a esses irmãos desditosos do Invisível.
Os Espíritos não comem, nem bebem, conforme o entendimento humano comum, por faltar-lhes a aparelhagem orgânica para isso. Não obstante, absorvem as essências finas que entretém a vitalidade e gozam os prazeres mais estranhos por meio dessas propriedades valiosas que, por enquanto, não sabem valorizar.
Esse corpo perispirítico, do qual tão pouco ainda se conhece no mundo, guarda em sua estrutura, curiosas, importantes e graves virtudes, graças às quais, um dia, o Espírito, livre e luminoso, alçará voos a mais vastos e altos céus, transformando-o em "veste nupcial" gloriosa, nos tempos felizes, quando o Espírito melhor identificar-se com o Cristo que, por agora, dormita em sua intimidade, despertando, gradualmente, para a definitiva comunhão com o pensamento do Criador. (Correnteza de Luz, pág. 21. J. Raul Teixeira)
O perispírito do reencarnante pode influenciar, de algum modo, na escolha do gameta masculino que fecundará o óvulo, por ocasião do processo de reencarnação?
Quando por ocasião da reencarnação o Espírito é encaminhado por necessidade evolutiva aos futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante, que naquele espermatozóide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter.
A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registros perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará.
Como é certo que, em casos especiais, há toda uma elaboração de programa para o reencarnante, na generalidade, os automatismos vibratórios das Leis de Causalidade respondem pela ocorrência, que jamais tem lugar ao acaso.
Todo elemento irradia vibrações que lhe tipificam a espécie e respondem pela sua constituição.
Espermatozóides e óvulos, em conseqüência, possuem campo de força específico, que propele os primeiros para o encontro com os últimos, facultando o surgimento da célula ovo.
Por sua vez, cada gameta exterioriza ondas que correspondem à sua fatalidade biológica, na programação genética de que se faz portador.
Desse modo, o perispírito do reencarnante sincroniza com a vibração do espermatozóide que possui a mesma carga vibratória, sobre ele incidindo e passando a plasmar no óvulo fecundado o corpo compatível com as necessidades evolutivas, como decorrência das catalogadas ações pretéritas. Equilíbrio da forma ou anomalia, habilidades e destreza, ou incapacidade, inteligência, memória e lucidez, ou imbecilidade, atraso mental, oligofrenia serão estabelecidos desde já pela incidência das conquistas espirituais sobre o embrião em desenvolvimento. (Temas da Vida e da Morte, pág. 36. Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. de Miranda)
Kardec também se referiu ao tema atração que se opera entre o Espírito reencarnante e o corpo físico em formação. Como ele menciona essa ligação e em que obra?
O Codificador tratou do assunto na obra A Gênese, mais especificamente no capítulo 11, item 18. Vejamos: “Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção.
À medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior.
Por um efeito contrário, a união do perispírito e da matéria carnal, que se efetuara sob a influência do princípio vital do gérmen, cessa, desde que esse princípio deixa de atuar, em consequência da desorganização do corpo. Mantida que era por uma força atuante, tal união se desfaz, logo que essa força deixa de atuar. Então, o perispírito se desprende, molécula a molécula, conforme se unira, e ao Espírito é restituída a liberdade. Assim, não é a partida do Espírito que causa a morte do corpo; esta é que determina a partida do Espírito.
Dado que, um instante após a morte, completa é a integração do Espírito; que suas faculdades adquirem até maior poder de penetração, ao passo que o princípio de vida se acha extinto no corpo, provado evidentemente fica que são distintos o princípio vital e o princípio espiritual.”
Existe relação entre a natureza do perispírito e o grau de adiantamento moral do Espírito?
A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu belprazer, pelo que não podem passar, à vontade, de um mundo para outro. Alguns há, portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável com relação à matéria tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo carnal, razão por que continuam a crer-se vivos. Esses Espíritos, cujo número é avultado, permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-se entregues às suas ocupações terrenas.
Outros um pouco mais desmaterializados não o são, contudo, suficientemente, para se elevarem acima das regiões terrestres.
Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Tiram dos elementos constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. Fazem como o nobre que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes plebeus, sem deixar por isso de ser nobre.
É assim que os Espíritos da categoria mais elevada podem manifestar-se aos habitantes da Terra ou encarnar em missão entre estes. Tais Espíritos trazem consigo, não o invólucro, mas a lembrança, por intuição, das regiões donde vieram e que, em pensamento, eles vêem. São videntes entre cegos. (A Gênese, cap. XIV, item 9. Allan Kardec)
Fonte:http://lespiritos.blogspot.com.br/2006/07/perisprito-q-93-95.html
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