O cérebro do homem primitivo, não
possuía a capacidade de decodificação das ideias, e portanto, não conseguia
entendimento a cerca dos fenômenos que defrontava no habitat terrestre hostil
em que vivia.
Como não conseguia entender
racionalmente o que ocorria à sua volta, através de pensamento lógico, ele
apenas repetia o que observava na natureza, imprimindo ao cérebro, através de
impressões repetitivas, as informações que presenciava. Como por exemplo, um animal lambendo a cria, o
ensinou a retirar a placenta do filho recém nascido.
Essa repetição automática, foi
transferindo para as gerações futuras, todo um contingente de atavismos e
experiências vivenciadas, ficando todos, gravados no seu arquivo mental, possibilitando
assim, desde os primórdios, uma evolução lenta, mas contínua.
Vivendo na floresta, onde tudo se
apresentava hostil e agressivo, esse homídio, que já trazia na sua origem o
mundo espiritual, foi impulsionando ao cérebro, a criação de componentes
neuronais, que seriam utilizados no futuro, nas etapas mais nobres do
seguimento intelecto-moral. Desse modo, o medo surgiu-lhe como primeira emoção,
acompanhado das sensações primárias do prazer da alimentação, do repouso e do
sexo, que foi-se transferindo de geração a geração, chegando aos nossos dias
como fobias, pavor, receios etc.
Nessa observação da natureza, esse
homem primitivo começou a copiar os animais, cobrindo-se de folhas, peles, nos
climas frios ou mantendo-se despido nos quentes, refugiando-se em cavernas, onde
experimentou segurança. Esse fenômeno desenvolveu-lhe o pensamento arcaico, responsável
pelo instinto de conservação da vida.
A observação das árvores que se
incendiavam em tempestades ou autocombustão, impeliu-o a atritar pedaços de
madeira ou pedras, descobrindo o fogo.
As sensações, lentamente, abriram-lhe
espaço mental para as emoções elementares iniciais, possibilitando o pensamento
inicial arcaico, a mais amplo desenvolvimento.
Não tendo a capacidade de entender as
ocorrências, especialmente aquelas de natureza destrutiva, experienciou a
emoção do medo asselvajado, que o fazia fugir, visto que, nas vezes que
enfrentou a situação de perigo, foi por ela vitimado.
A repetição contínua dos atavismos, produziu
o que chamamos hoje, de inconsciente coletivo. Conforme mostra uma experiência
realizada após a Segunda Guerra Mundial, pesquisadores atiravam aos macacos que
viviam na Ilha de Koshima, batatas doces, esses as recolhiam, mas não as podiam
comer por estarem sujas de areia. Porém, um desses animais as lavou e comeu-as,
sendo imitado pelos demais, que as lavaram também. Quando o centésimo macaco, repetiu
a experiência, todos os demais, de todas as Ilhas do Oceano Pacífico, sem
nenhum contato entre si, passaram igualmente a lavá-las. Esse fantástico
fenômeno de transmissão de experiências, sem contato, certamente aconteceu com
os homens primitivos.
Entre uma e outra reencarnação eram
fortalecidas na erraticidade, as experiências evolutivas, preparando o
Perispírito para aprimoramento neuronais e fisiológicos, possibilitando assim, maiores
conquistas na área do pensamento. As observações em torno da natureza, fizeram-se
mais aguçadas, imitando por exemplo, o
som dos animais, iniciaram-se as primeiras comunicações.
Assim, evoluindo sem saltos, o
pensamento humano vai adquirindo conquistas, de modo que, somente nos últimos
dez mil anos, aproximadamente, é que o raciocínio, o discernimento, a
consciência, passaram a instalar-se no ser humano, aprimorando reflexões em
torno da vida.
Compreensivelmente, após longuíssimo
tempo transitando pelos instintos e reflexos condicionados, o breve período de
tempo em que foi conquistado o pensamento lógico ainda não possibilitou ao Homo
Sapiens, superar totalmente os automatismos para, agir ao invés de reagir.
Fazendo uma analogia, o inconsciente
coletivo, que nos ajudou na conquista do pensamento racional, é o mesmo que
muitas vezes nos leva a aceitar uma cultura massificada, sem nos preocupar em
fazer uma análise lógica e consciente:
- Ouvimos a música que todos ouvem
- Usamos o mesmo tipo de roupa que
todos usam em consideração à moda
- Votamos nas pessoas que a maioria vai
votar, sem realmente analisar se essa escolha é mesmo nossa.
Não deveríamos abrir mão de conquistas
adquiridas tão arduamente, a tão duras penas, pelo nosso Espírito, que é a
busca do raciocínio lógico, e por preguiça de pensar, de analisar racionalmente,
de buscar informações críticas, aceitar por comodismo, a opinião da maioria.
Conquistas adquiridas através de tantos
atavismos, nos tornam responsáveis pelas nossas escolhas, que devem ser
pautadas com equilíbrio no conhecimento e na busca do Bem para todos.
Muita Paz
Joanna de Ângelis;
Psicografia: Divaldo Pereira Franco;
Do livro: Encontro com a Paz e a Saúde.
Fonte:http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/inconsciente-coletivo
procuro uma mensagem de nossa irmã JOANNA DE ANGELIS, em que fala dos homens pre-históricos e sue costumes e medos.
ResponderExcluirTentaremos identificá-la.
Excluir