Culpa e vergonha (Jennifer Hoffman)

Quanto mais as mudanças de energia abrem os nossos corações para a divindade de quem nós somos, mais nos tornamos conscientes das energias mais escuras e mais densas que carregamos. E vemos as nossas limitações, a nossa infelicidade e a nossa frustração nas conexões que temos com aquelas energias.

Algumas destas são fáceis de deixar ir, porque podemos nos destacar das experiências que vêm com elas. Ao aprendermos a não assumirmos pessoalmente o comportamento dos outros, se torna mais fácil a liberação da traição e da decepção. Podemos até liberarmos as questões do abandono, quando compreendemos que outros nos amam e nos dão os seus próprios recursos limitados.

Mas estas emoções têm um resíduo de culpa e de vergonha que é muito mais difícil de processar e permanece conosco, como uma mancha em nosso coração, até que sejamos capazes de trabalhar através dos seus aspectos pessoais. Culpa e vergonha são duas das emoções mais desafiadoras, porque elas são difíceis de compreender e estão entrelaçadas em nossa história física, emocional e espiritual.

Podemos manter a culpa por coisas que fizemos, ou que não fizemos ou dissemos, ações que não empreendemos ou oportunidades que deixamos escapar. Quando a nossa vida escapa do controle, o nosso medo é forte, mas é ofuscado pela culpa que sentimos por termos permitido que as coisas chegassem a este ponto.

Nós nos punimos através de nossa culpa, porque acreditamos que poderíamos ter feito melhor e impedido que isto acontecesse. Acrescentando a isto, os sentimentos de nos ter deixado e talvez aos outros, deprimidos, não é de admirar que fiquemos deprimidos e sejamos incapazes de fazer quaisquer mudanças.

Aqueles que sofreram através dos ensinamentos da igreja católica foram alimentados por uma dieta constante de culpa que incluiu o nosso caminho de condenação eterna, porque somos indignos de uma comunicação direta com Deus.

Nossos pais podem ter usado a culpa ao nos fazer comer tudo o que havia no prato (há crianças famintas na África), nos comportarmos (a nossa mãe se magoaria se constrangêssemos a família), e seguirmos a carreira que eles consideravam ser melhor para nós (como eles ficariam orgulhosos se nos tornássemos um médico ou advogado!).

Assim, a culpa se tornou a razão pela qual agimos, não porque estivéssemos seguindo para o que queríamos, mas porque não queríamos ser a razão para a infelicidade ou desapontamento dos outros.

Quantas vezes dizemos “sim”, quando realmente queremos dizer “não”, somente porque queremos deixar de nos sentirmos culpados quanto a ferirmos os sentimentos de alguém?

Com que frequência assumimos uma obrigação porque queremos evitar de nos sentirmos culpados quanto a sermos egoístas e fazermos algo que nos serve?

Assim, frequentemente dizemos “sim” e então temos culpa em dobro.

Há culpa da pessoa que pediu e a própria culpa de nosso ressentimento ao não satisfazermos as nossas necessidades. A culpa é um sentimento incômodo e irritante que poderemos superar quando nos lembrarmos que mantemos o poder da escolha e da ação em nossa vida.

A vergonha é uma emoção ainda mais destrutiva, porque ela emana de dentro de nós, de um núcleo de indignidade que define como nos percebemos. Este sentimento se propaga para cada área de nossa vida, colocando as nossas vibrações energéticas em um nível tão baixo que nos sentimos indignos a cada momento.

A pessoa que nos envergonha faz isto de seu próprio núcleo de vergonha e onde a culpa se refere frequentemente à manipulação, a vergonha se refere à destruição. Nossa experiência de sermos envergonhados leva a sentimentos de não sermos dignos, de não sermos suficientemente bons, corretos ou dignos. E nos envergonhamos quando acreditamos que falhamos em algo, sem compreendermos que a vergonha é responsável pelo fracasso.

Enquanto estamos processando mais e mais volumes de energia agora, o que esteve escondido no fundo do barril está agora surgindo para nossa análise.

Nós já processamos as energias mais fáceis, agora estamos preparados para estas, que são a base de todo o nosso comportamento de autodefesa e de nos sabotarmos. Não importa quanta culpa ou vergonha tenhamos, tudo isto é destrutivo e desafiador.

A qualquer momento que nos sentimos aproveitados, abusados ou manipulados, a culpa e a vergonha estão presentes de alguma forma.

Se o medo do sucesso ou do fracasso os aborrece, que culpa ou vergonha que vocês têm que os está impedindo de compreender o seu verdadeiro potencial?

Como os curamos e os liberamos?

Esta é a nossa chave para a liberdade.

Em todos os lugares que estamos presos é uma área onde precisamos procurar a culpa e a vergonha. E isto é onde perdemos o acesso às bênçãos da vida, porque nos impedem de estarmos totalmente ligados a nós mesmos, buscando os nossos sonhos e de acreditarmos que merecemos viver, amar, ter alegria e sucesso e criarmos a satisfação.

Quando a culpa e a vergonha surgirem em sua vida, observem bem de onde elas vêm, quem está envolvido, que mensagens elas têm para vocês e então se lembrem de que vocês são dignos, como uma centelha divina do Criador, de tudo o que o seu coração deseja e deixem a culpa e a vergonha fluírem para fora de sua vida, sendo substituídas pelo amor por si mesmos, pelos seus sonhos, milagres e pela alegria e a abundância que são os seus direitos divinos.

Jennifer Hoffman



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