"Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo." (Mateus, Cap. 12 - v.36)
Talvez nunca se tenha malbaratado a palavra tanto quanto agora.
Talvez nunca se tenha malbaratado a palavra tanto quanto agora.
É impressionante o número de palavras ociosas que frequentam a boca dos homens.
Com o devido respeito aos nossos irmãos na Terra, os assuntos levianos e inúteis a que se entregam no dia-a-dia consomem-lhes a maior parte do tempo.
De modo geral, do que o homem fala muito pouco se aproveita para sua edificação.
Os assuntos mais sérios sempre giram em torno do ganho material, da política, do poder.
Raramente os homens se reúnem para dialogar acerca de si mesmo, externando opiniões sinceras sobre a vida.
A palavra de alguém, no entanto, dá notícias de sua vida mental, colocando à mostra os seus
mais íntimos interesses.
Reparemos que Jesus declara que prestaremos contas até de nossas palavras. Isto porque a palavra sugestiona, plasma a ação.
As mentes débeis agem pôr indução hipnótica do verbo irresponsável.
O mandante de um crime, diante da Lei Divina e da lei dos homens, é o seu autor intelectual.
Saneemos as palavras que proferimos, disciplinando as ideias que nos frequentam a cabeça.
Procuremos um alimento intelectual que não se deteriore, nas palavras que pronunciamos.
A palavra invigilante que nos escapa dos lábios nem sempre pode ser detida em seu poder destruidor.
E os estragos produzidos pela palavra só podem ser reparados através de atitudes que, não raro, nos custam muito esforço e muita renúncia.
Em Jesus, a Palavra era a moldura perfeita da Ação, tanto quanto a Ação era o perfeito complemento da Palavra.
Nele, a Coerência Maior entre o Verbo e a Vida.
Eduquemos, portanto, a nossa língua.
Selecionemos os temas de nossa conversação.
Elevemos o nível de todo diálogo de que participemos.
Adequemos o nosso vocabulário ao Dicionário do Evangelho.
Habituemo-nos a falar construindo.
Não aceitemos provocações verbais.
Sob o ponto de vista espiritual, não "tropecemos" nas palavras, em nossa jornada ascensional para Deus.
A melhor dicção é aquela que nos conclama ao bem.
A linguagem mais erudita é a que nos sensibiliza o coração.
Quem não fala no bem, dificilmente o fará.
Não desprezemos o valor da palavra.
Palavra ociosa é fruto de mente ociosa e toda mente ociosa é causa de doença, obsessão e loucura.
Carlos A. Baccelli
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