Dona Maria Pena, que era viúva do Raimundo, irmão do Chico, julgava que este era um mão aberta…
Não era muito crente do dar sem receber. E, certa manhã, em que, sobremodo, sentia a missão do Médium, que muito estimava, disse-lhe:
- Então, vamos experimentar. Tenho aqui dois chuchus. Se alguém aqui aparecer, vou lhos dar e quero ver se, depois, recebo outros dois.
Ainda bem não acabara de falar, quando a vizinha do lado esquerdo, pelo muro, chama:
- Dona Maria, pode me dar ou emprestar uns dois chuchus?
- Pois não, minha amiga, aqui os tem, faça deles um bom guizado.
Daí a instante, sem que pudesse refazer-se da surpresa que tivera, a vizinha do lado direito, também pelo muro, ofereceu quatro chuchus a D. Maria.
Meia hora depois, a vizinha dos fundos pede a D. Maria uns chuchus e esta a presenteia com os quatro que ganhara.
A vizinha da frente, quase em seguida, sem que soubesse o que acontecia, oferece à cunhada do nosso querido Médium, oito chuchus.
Por fim, já sentindo a lição e agindo seriamente, D. Maria é visitada por uma amiga de poucos recursos econômicos.
Demora-se um pouco, o tempo bastante para desabafar sua pobreza.
À saída, recebe, com outros mantimentos, os oito chuchus…
E Dona Maria diz para o Chico:
- Agora quero ver se ganho dezesseis chuchus, era só o que faltava para completar essa brincadeira…
Já era tarde.
Estava na hora de regressar ao serviço e Chico partiu, tendo antes enviado à prezada irmã um sorriso amigo e confiante, como a dizer-lhe: “Espere e verá”.
Aí pelas dezoito horas, regressou Chico à casa.
Nada havia sucedido com relação aos chuchus…
Dona Maria olhava para o Chico com ar de quem queria dizer: “Ganhei ou não?…”
Às vinte horas, todos na sala, juntamente com o Chico, conversam e nem se lembram mais do caso dos chuchus, quando alguém bate à porta.
Dona Maria atende.
Era um senhor idoso, residente na roça.
Trazia no seu burrinho uns pequenos presentes para Dona Maria, em retribuição às refeições que sempre lhe dá, quando vem à cidade.
Colocou à porta um pequeno saco.
Dona Maria abre-o nervosa e curiosamente.
Estava repleto de chuchus…
Contou-os: sessenta e quatro: Oito vezes mais do que havia, ultimamente, dado…
Era demais.
A graça, em forma de lição, excedia à expectativa, era mais do que esperava.
E, daí por diante, Dona Maria compreendeu que aquele que dá recebe sempre mais.
Ramiro Gama;
Do livro: Lindos Casos de Chico Xavier.
Não era muito crente do dar sem receber. E, certa manhã, em que, sobremodo, sentia a missão do Médium, que muito estimava, disse-lhe:
- Chico, não acredito muito nas suas teorias de servir, de ajudar, de dar e dar sempre, sem uma recompensa. Não vejo nada que você recebe em troca do que faz, do que dá, do que realiza…
- Mas, tudo quanto fazemos com sinceridade e amor no coração, Deus abençoa. E, sempre que distribuímos, que damos com a direita sem a esquerda ver, fazemos uma boa ação e, mais cedo ou mais tarde, receberemos a resposta do Pai. Pode crer que quem faz o bem, além de viver no bem, colhe o bem.
Ainda bem não acabara de falar, quando a vizinha do lado esquerdo, pelo muro, chama:
- Dona Maria, pode me dar ou emprestar uns dois chuchus?
- Pois não, minha amiga, aqui os tem, faça deles um bom guizado.
Daí a instante, sem que pudesse refazer-se da surpresa que tivera, a vizinha do lado direito, também pelo muro, ofereceu quatro chuchus a D. Maria.
Meia hora depois, a vizinha dos fundos pede a D. Maria uns chuchus e esta a presenteia com os quatro que ganhara.
A vizinha da frente, quase em seguida, sem que soubesse o que acontecia, oferece à cunhada do nosso querido Médium, oito chuchus.
Por fim, já sentindo a lição e agindo seriamente, D. Maria é visitada por uma amiga de poucos recursos econômicos.
Demora-se um pouco, o tempo bastante para desabafar sua pobreza.
À saída, recebe, com outros mantimentos, os oito chuchus…
E Dona Maria diz para o Chico:
- Agora quero ver se ganho dezesseis chuchus, era só o que faltava para completar essa brincadeira…
Já era tarde.
Estava na hora de regressar ao serviço e Chico partiu, tendo antes enviado à prezada irmã um sorriso amigo e confiante, como a dizer-lhe: “Espere e verá”.
Aí pelas dezoito horas, regressou Chico à casa.
Nada havia sucedido com relação aos chuchus…
Dona Maria olhava para o Chico com ar de quem queria dizer: “Ganhei ou não?…”
Às vinte horas, todos na sala, juntamente com o Chico, conversam e nem se lembram mais do caso dos chuchus, quando alguém bate à porta.
Dona Maria atende.
Era um senhor idoso, residente na roça.
Trazia no seu burrinho uns pequenos presentes para Dona Maria, em retribuição às refeições que sempre lhe dá, quando vem à cidade.
Colocou à porta um pequeno saco.
Dona Maria abre-o nervosa e curiosamente.
Estava repleto de chuchus…
Contou-os: sessenta e quatro: Oito vezes mais do que havia, ultimamente, dado…
Era demais.
A graça, em forma de lição, excedia à expectativa, era mais do que esperava.
E, daí por diante, Dona Maria compreendeu que aquele que dá recebe sempre mais.
Ramiro Gama;
Do livro: Lindos Casos de Chico Xavier.