A Revista Espírita, editada por Allan
Kardec, em suas edições de Janeiro e Outubro/1864 e Maio/1865 publicou
quatro instrutivas mensagens mediúnicas assinadas por Mesmer, abordando
os temas: Médiuns Curadores, Fenômenos Espíritas, Imigração dos
Espíritos Superiores para a Terra e Criações Fluídicas.
Dentre os seus conceitos sobre mediunidade de cura e magnetismo,
destaca-se o seguinte tópico:
“A vontade desenvolve o fluido seja animal, seja espiritual, porque, o sabeis todos agora, há vários gêneros de magnetismo, entre os quais estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que pode, segundo a ocorrência, pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e desinteressada dirige a Deus.” (Revista Espírita, Jan./1864, p. 7, IDE.)
“A vontade desenvolve o fluido seja animal, seja espiritual, porque, o sabeis todos agora, há vários gêneros de magnetismo, entre os quais estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que pode, segundo a ocorrência, pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e desinteressada dirige a Deus.” (Revista Espírita, Jan./1864, p. 7, IDE.)
Vejamos abaixo, na íntegra, a mensagem que acabamos de citar:
Médiuns Curadores
Médiuns Curadores
“A vontade, existindo no homem em diferentes graus de
desenvolvimento, serviu, em todas as épocas, seja para curar, seja para
aliviar. É lamentável ser obrigado a constatar que ela foi também a
fonte de muitos males, mas é uma das consequências do abuso que,
frequentemente, o ser faz de seu livre arbítrio.
A vontade desenvolve o fluido seja animal, seja espiritual, porque, o
sabeis todos agora, há vários gêneros de magnetismo, entre os quais
estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que pode, segundo a
ocorrência, pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo,
muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e desinteressada
dirige a Deus.
A vontade foi, frequentemente, mal compreendida; em geral aquele que
magnetiza não pensa senão em desdobrar sua força fluídica, senão em
derramar seu próprio fluido sobre o paciente submetido a seus cuidados,
sem se ocupar se há ou não uma Providência que nisso se interessa tanto e
mais do que ele; agindo só, não pode obter senão o que sua única força
pode produzir; ao passo que nossos médiuns curadores começam por elevar
sua alma a Deus, e para reconhecer que, por eles mesmos, não podem nada;
fazem, por isso mesmo, um ato de humildade, de abnegação; então,
confessando-se muito fracos por si mesmos, Deus, em sua solicitude, lhes
envia poderosos recursos que não pode obter o primeiro, uma vez que se
julga suficiente para a obra empreendida. Deus recompensa sempre a
humildade sincera elevando-a, ao passo que rebaixa o orgulho.
Esse recurso que envia, são os bons Espíritos que vêm penetrar o
médium de seu fluido benfazejo, que este transmite ao enfermo. Também é
por isso que o magnetismo empregado pelos médiuns curadores é tão
poderoso e produz essas curas qualificadas de miraculosas, e que são
devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium; ao
passo que o magnetizador comum se esgota, frequentemente, em vão, em
fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela única
imposição das mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos; mas esse
concurso não é concedido senão à fé sincera e à pureza de intenção.”
Mesmer (Médium – Sr. Albert)
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